domingo, 27 de novembro de 2011

A origem dos contos não tão de fadas assim

                         

Olha só quem está voltando! É, depois de um longo tempo sem postagens, resolvi reativar o blog aos pouquinhos. Agora com muito mais tempo livre, e buscando mais coisas legais pra escrever aqui. Então para marcar a minha volta, trouxe um tema bastante polêmico e interessante de se discutir: Vocês sabem a origem dos contos de fada? Sim, aqueles que vemos desde pequenos, que começa com "Era uma vez..." e termina com "Felizes para sempre"! Bom, a origem deles não é tão feliz assim... Então dei uma pesquisada e resolvi trazer alguns aqui pra vocês. Lembrando que são histórias um tanto bizarras, então se preparem. 

A pequena sereia:
Há variações (como em todos os outros), mas numa delas, a bruxa do mar dá pernas à sereia - pois ela se apaixonara pelo príncipe -, mas com algumas condições: ela perderia sua voz, cada passo que desse sentiria como se estivesse pisando em facas e por último, se o príncipe não se casasse com ela, ela viraria espuma do mar. Tempos depois o príncipe se apaixona por uma princesa de outro reino e, no dia de seu casamento, as irmãs de Ariel lhe dão uma faca para que ela mate o príncipe e assim possa voltar a ter cauda. Sem coragem de fazer isso, a sereia deixa o príncipe viver feliz para sempre com outra e morre, virando espuma do mar. É um conto triste, porém até leve se comparado aos outros que estão por vir. 

Chapeuzinho vermelho:
Existem três versões um tanto interessantes que encontrei. 
Numa, após falar com o lobo mau e receber as falsas informações, ela é devorada pelo lobo. Não existe vovozinha nem caçador. O conto tenta passar a mensagem que nunca se deve confiar em estranhos.
Na segunda, a chapeuzinho faz uma Strip-tease para o lobo mau - que em algumas variações era na verdade um lobisomem ou um ogro -, afim de distraí-lo e fugir.
Na terceira - a mais bizarra -, o lobo estripa a vovozinha e obriga a chapeuzinho a jantá-la com ele. Esperta que ela é, diz ao lobo que precisa ir ao banheiro e foge.
Nas três versões citadas, o lobo se dá bem, de alguma forma.

João e Maria:
Numa versão muito bizarra, não existe uma bruxa má, e sim um casal de demônios. E o que eles querem não é comer João, e sim estripá-lo num cavalete de madeira. Quando o demônio sai, a demônio-fêmea (isso existe? rs) pede para João se deitar no cavalete com a ajuda de Maria. A menina diz não saber como fazê-lo e pede que a demônio-fêmea faça uma demonstração. Quando a dita cuja se deita, os meninos amarram-na e cortam-lhe a garganta. Então fogem com o dinheiro e com a carroça dos demônios. 

Cinderela:
É o conto que mais possui variações (cerca de 700). Encontrei duas mais interessantes - e claro, bizarras. A primeira inclusive eu já havia lido num livro dos Irmãos Grimm que tinha quando criança. 
Nessa primeira, quando o príncipe vai à casa da Cinderela, suas irmãs cortam um pedaço do calcanhar para que seus pés caibam no sapatinho de cristal. Dois pássaros amigos da mocinha vêem tudo, e mostram ao príncipe os pés das malvadas sangrando. Como castigo, os pássaros bicam as duas garotas, deixando-as cegas. Além de cegas e mancas, ainda passam a viver como mendigas, enquanto a Cinderela vive feliz para sempre em seu castelo.
Noutra versão bizarríssima, a Cinderela é filha de um rei viúvo - em algumas variações a própria Cinderela quem matou a mãe - que jurara nunca mais casar-se com outra mulher, a não ser que fosse tão linda e perfeita quanto sua esposa, além de ter cabelos cor-de-ouro e calçar os mesmos sapatos que a finada. A única a preencher tais requisitos é sua própria filha, e o rei então decide casar-se com ela! Como a moça não quer cometer tal incesto, acaba por fugir num armário de madeira e é encontrada "do outro lado do mundo", onde é escravizada por duas irmãs malvadas, e daí pra frente começa a história que todos conhecemos. 

Branca de neve e os sete anões:
Também encontrei duas versões super interessantes. Na primeira, o mais bizarro é o pedido da madrasta da Branca de neve, que não pede só o coração da menina ao caçador, mas também o pulmão, o fígado, e um jarro com todo seu sangue. E tudo isso para jantar a garota, literalmente.
Na outra versão, o príncipe a vê "adormecida" e resolve levá-la ao seu castelo, para que ela fique para sempre com ele (meigo, não?! O que ele faria com o corpo morto, vai-se saber). Os servos do príncipe carregavam o caixão de um lado a outro do castelo. Um dia, um dos servos se revolta e, pasmem, dá um surra na Branca de neve! Um desses golpes cai sobre o estômago da garota, que vomita a maçã envenenada e "ressuscita".  Outro detalhe estranhamente bizarro é que nessa versão a garota tinha apenas 7 anos! No fim deste conto, a madrasta má - em algumas versões tida como a própria mãe da branca de neve - é obrigada a calçar sapatos de ferro em brasa e dançar até morrer
Príncipes pedófilos e necrófilos, como isso é romântico, não é?! Li certa vez uma versão onde os anões abusavam da menina, mas não a encontrei e não me lembro dos detalhes, portanto não vou me aprofundar nela. 

A bela adormecida:
Essa sim, me deixou estarrecida. Não só pelas bizarrices, mas também por ser meu conto de fada favorito desde criança. E sim, é um dos mais fortes. São três as mais bizarras versões que encontrei.
Na primeira, não há roca onde ela espeta o dedo, e sim uma farpa encravada embaixo de sua unha; e seu príncipe não é tão encantado assim. Quando vai resgatá-la, o príncipe gosta do que vê, e resolve se aproveitar da bela adormecida, literalmente (outro necrófilo...). Nesse estupro, o príncipe a engravida. E volta durante esses nove meses para continuar aproveitando-se da bela grávida adormecida. Após os nove meses, ela dá à luz (adormecida!!), e os filhos gêmeos, em busca de leite, acabam chupando o dedo da mãe, retirando assim a farpa encravada e acordando-a. O príncipe, ao voltar e vê-la acordada, pede-a em casamento. Só que havia um problema: sua mãe era ogra! E uma ogra que comia criancinhas... Então ele espera que seu pai morra para se tornar rei e levar a princesa e seus filhos a seu castelo. Numa viagem que o agora rei faz, a mãe ogra resolve comer seus netos e também sua nora. Porém a bela acordada, com a ajuda do cozinheiro, esconde-se. Quando seu marido retorna e descobre, manda matar a própria mãe. 
Outra variação parecida é que na verdade é um rei que estupra-a, e sua esposa ogra tenta comer os filhos bastardos do rei, mas acaba por ser descoberta e queimada viva numa fogueira. 
Numa outra versão que encontrei certa vez é que quem a estupra é seu próprio pai. E quando acorda, se vê estuprada e mãe dos filhos do dito cujo. 

Bom, galera, esses são alguns dos mais importantes contos de fadas. Existem vários outros, caso queiram é só procurar. Acreditar ou não na veracidade dessas origens, fica a critério de cada um. Mas que é algo super intrigante, ah, isso é! Alguns podem dizer que é coisa subliminar da Disney pegar contos desse tipo e "mascará-los", mas pode ser apenas uma tentativa de fazer com que as pessoas acreditem em finais felizes. Muito ao contrário dos criadores (geralmente europeus) desses contos aí, diga-se de passagem. 

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Lua (:
Capricorniana, 19 anos, um tanto tímida porém de personalidade forte. Tem pés no chão e paradoxalmente idealiza o mundo e tem um tanto de fé nas pessoas. Adora admirar as coisas simples, e as valoriza muito mais do que as coisas "compradas". É apaixonada pela escrita e não poupa palavras para dar sua opinião. Acredita que palavras têm um poder imensurável; acredita também que pode trazer, assim, um pouco de felicidade às pessoas. Sonhos? Possui muitos, e tenta realizá-los. Dá tudo por seus amigos, luta por sonhos alheios também. Seu grande sonho profissional é cursar psicologia - profissão pela qual é apaixonada desde criança; outros sonhos seus são conhecer os amigos virtuais e viajar pelo mundo. Preza a sinceridade e a generosidade. Gosta de estudar, conhecer, ver. Se sensibiliza com histórias espontâneas, dramáticas e que possuam essência. A magia de um conto, de uma música, lhe dá arrepio. Ah, e tem uma paixão forte por retratar vidas alheias, seja como prosa, seja como poesia.
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Escrever é como uma necessidade, para mim. É um sonho particular levar alegria ou algo de bom para as pessoas. Aqui consigo expressá-los poetica ou até mesmo grosseiramente, mas tudo isso tem um propósito. O que eu desejo é que as pessoas se conscientizem das coisas e que não percam a fé umas nas outras... Tento trazer paz, tento trazer amor, além de reflexão; aqui mesmo, neste cantinho! Pode parecer inútil, mas já é uma grande coisa. Entre, fique à vontade para ler, curtir, criticar e se expressar!

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