tag:blogger.com,1999:blog-45055057147255800272024-03-12T23:28:26.387-03:00No mundo da Lua...Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.comBlogger39125tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-70608390594148280592013-02-07T10:29:00.001-03:002013-02-07T10:29:57.713-03:00Agonias<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Cada parte do meu corpo se contorcia. Uma agonia infame
fazia-se presente ali, e não queria ir embora. Era como se chovesse em tempo
frio, aquela sensação de “um ou outro, não me dê os dois”; eu não queria chuva
no frio, eu não queria frio na chuva! Olha lá como está o ceu... Ele não olha
para mim, ele não me sorri. Eu queria mudar aquilo, eu queria mudar o ceu! Ou
seja, tudo sempre visto da maneira mais difícil. Seria mais fácil eu me adaptar
ao ceu do que fazer ele se adaptar a mim, não é mesmo? Foi aí que eu entendi: o
mundo não gira a minha volta, eu é que dependo dele pra viver. Mas se eu parar,
ele não vai parar por mim; o mundo continua mesmo que eu pare, eu não faço
tanta diferença assim. O mundo vive sem mim!! O meu ego queria morrer ao ser
empurrado contra isso. Reduzir-se a um nada para levantar-se não parecia a
maneira mais legal de fazer as coisas. Mas isso sou eu. A eterna chuva fria, o
eterno vai-e-vem, a eterna desvairada que não sabe pra onde o barco está indo
exatamente, talvez esteja à deriva. O tempo parecia parado, para mim, mas não
estava: era puro engano. Ah, quanta ilusão! Tanta vida, tanto amor, tanta
energia... E o que? Resguardo, contenção! Daqui a 20 anos – se ainda habitasse
este espaço – que diria? “Velha demais para qualquer coisa”. Que dor, que
desperdício! E agora as ideias me fugiram. É, o futuro assusta a qualquer um...
Correr para buscar de volta é querer demais. A incessante busca por respostas
nunca me agradou, sempre deixei o tempo dar conta de tudo. Talvez aí more o
problema. Ser eu, que complicação... E ao mesmo tempo, é de uma beleza
imensurável sentir o que sinto e ter o que tenho. Sou ideias, sou sentimentos,
sou contradições, sou insatisfação... Sou ou estou? Essa é minha eterna
questão. </span></div>
Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-15234092792322507212012-10-21T23:57:00.001-03:002012-10-22T01:41:51.422-03:00Tangenciando o psicossocial em Avenida Brasil <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Enfim na sexta-feira o último capítulo da tão
adorada novela das 21h foi ao ar. Para alegria de uns, para tristeza de
outros... Alegria de quem tanto detestava os comentários que dominavam as redes
sociais, e tristeza de quem irá sentir saudade por ter se afeiçoado à trama.
Gostos à parte, Avenida Brasil foi a primeira novela que assisti do início ao
fim desde muitos anos... E não me arrependi. Vi na novela uma demonstração de
belos valores incutidos ao ser humano, coisas que me fizeram refletir e analisar os aspectos psicológicos e sociais da novela, embora algumas coisas sejam um tanto
difíceis de aprovar (como um casamento entre quatro pessoas, porque não creio que alguma mulher se sujeitasse a conviver com outras duas esposas do seu marido sob mesmo teto; e como o casamento de uma mulher com dois homens porque não creio que algum homem fosse adorar dividir a esposa com outro homem - além de ter ficado em aberto se o personagem era apaixonado pela mulher ou pelo outro esposo dela rs). O que mais chocou alguns foi, obviamente, nossa
antagonista Carmem Lúcia: desde o primeiro capítulo a moça aprontou, maltratou
ora uns, ora outros... E no final obteve a <b>redenção</b> de alguns a quem fez
maldades. Muitos afirmaram que a vilã deveria sofrer muito, que perdoá-la por
tudo seria um absurdo – mesmo tendo um passado tão cruel. Pois eu realmente
gostei muito dessa ideia, por motivos que irei desenrolar aqui. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Carmem Lúcia, uma mulher
destemida, cruel e que fazia o que fosse necessário para alcançar seus
objetivos: essa era a personalidade que víamos nela. Entretanto, ao mesmo tempo
em que era tudo isso, a vilã nutria um real e até exagerado amor pelo filho.
Falava mal da família do marido o tempo inteiro, mas nunca havia cogitado
realmente a ideia de roubar aquelas pessoas e ir embora com o amante, o que nos
faz pensar que ela, no fundo, amava o marido. Talvez não o marido, mas a vida
que levava: <i>Carminha só queria ser vista como rainha</i>, <i>como a pessoa admirável
que nunca foi de verdade</i>; como sabia que se as pessoas conhecessem seu passado
a odiariam, ela escolheu fingir, usar uma máscara diária de mulher pura para
não só enganar aos outros, mas para que <u>ela</u> <u>mesma</u> sentisse que era aquilo. A
questão é que, por mais ficcional que seja, essas coisas existem mesmo: muitas
mulheres casam-se apenas por interesse, isso é inegável; inúmeras pessoas
fingem ser o que não são, por não conseguirem aceitar a si mesmas; muitos fazem
coisas egoístas, sem se importar com quem está ao redor. É só que além de tudo,
nossa personagem carrega consigo uma história de vida bastante cruel e
perturbadora. Carmem viu seu pai matar a própria esposa – e sua mãe! – por
dinheiro, bem diante de seus olhos inocentes, e em seguida foi friamente
atirada num lixo. Sem mãe, sem pai, vivendo com alguém que a detestava por
causa do pai... <b>Aprendendo desde tão pequena a sobreviver por conta própria,
sem carinho, sem nada.</b> Há indícios ainda de que o pai cruel a molestara, pelo
medo demonstrado de Carminha para com ele e pelo fato de ela detestar garotas.
Isto é, que motivo uma mulher poderia ter para não gostar de uma filha de
sangue, enquanto era capaz de amar um filho homem? Talvez porque ela lhe
lembrasse sua enteada, mas não seria suficiente para tanto desprezo; o mais
provável é que a pequena Ágata lembrasse-lhe sua infância e o quanto sofreu
enquanto menina, sendo abusada pelo próprio pai... Desenvolvendo nojo, trauma.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Imagine tudo isso na cabeça de uma menininha,
de uma pessoa <i>sem qualquer personalidade formada</i> <i>ainda</i>, frágil como um
cristal... Que tipo de criança cresceria sem uma sequela, ao menos? Ninguém
pode negar a veracidade de tudo isso, afinal infelizmente coisas assim são cada
vez mais comuns! Pais abusando dos filhos, jogando-os fora como se fossem
simples objetos, matando cônjuges por causa de herança... E as consequências
disso para quem não tem qualquer tipo de apoio são certamente as piores, como
no caso da Carmem Lúcia. Além de toda a tragédia assombrando a pequena, ela
ainda tinha que catar lixo para se alimentar. Obviamente isso também é real, é
um aspecto social que justifica o aumento da criminalidade em qualquer lugar
que seja. Uma hora a pessoa cansa de sofrer por uma culpa que não é sua e vai
para o lado desonesto da vida, visando a ilusória felicidade. Então Carminha
cresce, cansa-se do lixo e resolve se prostituir – o que também é bastante real
– posteriormente tendo um filho e tentando sustentá-lo como podia. É aqui que
fica claro que ela tentou ser uma boa pessoa, e é uma passagem que nos mostra
que aquele final não foi simplesmente plantado de última hora, pondo Carminha
como vítima e o pai como vilão. No decorrer da novela algumas passagens nos
revelam que a vilã havia sido uma vítima social, apenas não sendo forte o
suficiente para permanecer com o caráter intacto. Inúmeras vezes fica claro que
ela não pretendia deixar a família, o que poderia ter sido feito se ela
quisesse fugir com o amante; o tempo inteiro ela se preocupa com o filho,
inclusive resolve buscá-lo assim que vê que conseguirá dar uma boa vida ao
menino; ela não pensava <st1:personname productid="em matar Rita" w:st="on">em
matar Rita</st1:personname>, embora nutrisse um ódio vigente pela mesma. Em
situações como essa fica perceptível que ela não era um monstro, <b>mas alguém com
grave desvio de caráter, que não sabia amar... </b>Ainda assim humana! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Tudo isso se confirma quando
analisamos a Nina/Rita: ela também sofreu na infância, com a morte do pai, com
os maus-tratos da madrasta, com a vida no lixo. Embora tenha sido resgatada por
uma boa família, tudo aquilo seguiu com a garota, motivando-a a querer fazer a
“madrasta má” pagar pelo que fez. No decorrer da vingança Nina também tem o
caráter desviado, mostrando a face de vilã na mocinha e explicitando o que
<i>sentimentos ruins</i> fazem com o ser humano. Só que, por ter adquirido bons
valores na vida e por ter um caráter mais formado, a jovem percebe seu desvio e
volta atrás, voltando a ser íntegra e ao mesmo tempo destemida. É importante
perceber os aspectos envolvidos na trama, entender que são tão reais quanto as
nossas vidas: <b>somos quase que inteiramente formados pelos outros, moldados pela
sociedade!</b> Se Carminha queria tanto assim dinheiro é porque a sociedade
supervaloriza o dinheiro. Se Carminha passava por cima dos outros para obter
sucesso é porque a sociedade é egoísta. Os valores são passados de pai para
filho e afixados pelo meio, o que faz de um órfão pobre um ótimo alvo para
a criminalidade. Por isso é tão comum que haja tanta maldade: falta educação
para o povo, faltam valores, falta <u>amor</u>! E isso é ciclo vicioso visto desde
sempre, que parece se perpetuar. As coisas são enfeitadas na novela, mas os
problemas sociais são reais, inclusive as passagens da socialite discriminando
as pessoas de menor poder aquisitivo. Foi por esses motivos citados acima que
eu gostei da ideia de redenção da vilã: <i>ela foi realmente mais uma vítima da
sociedade!</i> Achei bacana que o autor destacasse a importância do perdão, bem
como a velha máxima do<i> “A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena”</i>. Embora
todas as maldades da antagonista não sejam aceitáveis, foram justificáveis, assim
como é justificável um garoto pobre roubar, traficar, e etc. Infelizmente é
justificável, porque a culpa não é tão só e verdadeiramente deles, e sim de quem lhes
permite tal transvio, o que em menor escala são os pais/família, e em maior escala é a
repugnante sociedade. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Analisando superficialmente aspectos psicológicos, nossa
vilã possuía uma mente perturbada, porém disfarçada de esperteza. Ela aprendeu a jogar sujo, a se dar bem às custas dos outros, a mascarar felicidade, a esconder traumas e dores; numa análise mais ousada, poderia dizer que a personagem decidiu desligar sentimentos pra não conviver com a dor da tragédia que viveu, o que no fim não deu muito certo. Analisar o
personagem Max seria ver praticamente a mesma coisa: um rapaz sofrido, fraco e
com a ilusão de que dinheiro a qualquer custo traz felicidade. Os “Maxs”, as “Carminhas”
e as “Ninas” estão bem vivos pelo mundo afora, e muitos mais ainda estão em
formação... É triste, mas é real. Não posso afirmar que a pessoa vai ser o que o meio determina, afinal nem todos que cresceram nessas condições se tornaram criminosos e isso ainda é um mistério para mim, porém posso afirmar que um caráter é facilmente formado de acordo com o modo de vida da criança e das pessoas ao redor. Enfim, essa novela me trouxe uma inspiração
bastante ampla sobre a vida, e isso é um ponto bem positivo, justificando o
motivo de tanta adoração das pessoas para com ela. </span></div>
Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-86162857703110209482012-10-10T23:10:00.001-03:002012-10-10T23:10:17.943-03:00Imaginando o inimaginável <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Eu fico aqui imaginando o futuro.
<i>Bobagem, é o que penso ser</i>. Traçar uma linha do que pretendo fazer, uma lista
do que pretendo ter. Imaginar que talvez não passe dos 20 e tudo caia por
terra: formação, trabalho, casamento, filhos, viagens... Parar pra pensar no
quanto a vida pode ser curta e num momento de descuido tudo pode se esvair para
sempre. Fazer planos, colocar nome nos cachorros que pretendo ter em uma casa
que não comprei, com um marido que nem possuo e com o dinheiro que eu não
tenho. Admitir que posso ficar pra titia e que não seria tão ruim assim. Pensar
que devo aproveitar a vida ao máximo enquanto a tenho e preferir ficar em casa
o dia inteiro. Dizer baixinho que perdoar logo é a maneira mais eficaz de ser
feliz no presente mas não me permitir algo de tamanha proporção. Planos,
planos, planos... <b>Ora, pra que raios servem os planos?</b> Não temos controle
absoluto de nada, tudo fica só na expectativa, no final das contas. Temo o
futuro, mas não vivo o presente. Tento me convencer que a vida há de melhorar e
tomar seu eixo, mas não sei o que fazer se não mudar. É como uma história mal
contada e mal preenchida. É como um conto borrado bem no epílogo. O futuro é
nublado e insípido, não consigo pegar com as mãos; não consigo sentir! Droga,
droga, droga. Tanto medo habita em mim! Medo de fracassar, de não conseguir me
realizar, de morrer sozinha, de perder o que prezo... Talvez isso tudo me deixe
estática. É uma pena não saber no que acreditar e mesmo assim tentar prever
tudo. Saber e não saber. Fazer e voltar atrás. É como deixar o dito pelo não
dito e o feito pelo não feito. O que me resta é aceitar... Aceitar não saber,
aceitar não poder; aceitar o que há de vir, seja como for. </span><a href="" name="_GoBack"></a></div>
Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-89448646936369818712012-10-06T21:24:00.001-03:002012-10-06T22:35:28.419-03:00Desabafo (des)habitual<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Cá estou eu finalmente com um teclado! Ah, e muito p*** com o mundo. Tô p*** com as pessoas, com a sociedade, com o mundo mesmo; e estava sem poder descarregar minhas emoções cheias de crítica por ter passado o último mês tendo que recorrer ao mouse como teclado, o virtual. Revoltei-me por ter me limitado a pensar e pouco escrever, então tô aqui agora pra falar um monte de coisa num texto só, talvez um assunto nem esteja ligado à outro, mas não ligo. Hoje tô esquecendo minha escrita formal, planejada e coesa pra desabafar sobre tudo e todos que eu quiser, whatever! Concorde comigo ou me crucifique - você decide.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ando observando tantas coisas aqui na internet que me enojam, de verdade. Aí eu reflito e formulo uma opinião, que pode ser vista por muitos como excesso de crítica - e talvez seja mesmo. Uma dessas coisas, que tem causado grande polêmica, é o anonimato no site de perguntas <b>Ask.fm</b>. Inúmeras pessoas têm sido xingadas e julgadas por pessoas que utilizam-se do anonimato para difamar as ditas cujas. O que eu me pergunto é: O que elas ganham com isso? Ok, a pessoa julgada pode até ter cometido erros. Mas quem somos nós para julgá-las, se todos erramos? Acho super irônico quando o tal anônimo ainda tem a audácia de chamar a pessoa de "sem caráter". Convenhamos, sem caráter mesmo é quem faz esse tipo de pergunta e ainda sem se identificar; ou é muito criança. Porque pessoas adultas e de personalidade nem sequer iriam acusar outras publicamente, quanto mais em anônimo! Então, você aí que faz isso com outras pessoas, aqui fica meu conselho: tenha personalidade! Pare de tentar humilhar as pessoas, se quiser dizer algo a elas, faça pessoalmente, como adultos DE CARÁTER fazem. Vá namorar, se divertir, estudar, comer, ouvir música, amar, enfim... Vá viver, cara. Sério, se toque o quão<i> infantil e/ou ridícula</i> é essa atitude sua!</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Outra coisa que tem me deixado bem revoltada é ver alguns ateus dizendo que quem crê em Deus é <b>alienado</b>. Caramba, desde que eu nasci me ensinaram que isso é questão de fé; não é você, "pseudocult" que se acha dono da verdade, que vai me fazer mudar de opinião! Aliás, você sabe o que é alienação?? Porque que eu saiba está ligada à ignorância, à falta de conhecimento, e não à fé. Mas vou ser boazinha e mandar a definição pra ti: <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aliena%C3%A7%C3%A3o">Alienação</a> - pega aí e vai lá se informar antes de falar bobagem. Muita gente que vai para a igreja é alienada sim... É ignorante sim... Mas não são todas, e mesmo que eu acredite que religião às vezes aprisiona as pessoas, existe muita gente cristã que é sábia, que sabe tudo que se passa no mundo, está consciente de tudo e tem fé. Seu argumento é tão bobo que conheço inúmeras pessoas inteligentíssimas que adoram a Deus, incluindo médicos, ok? Então não venha tentar tirar algo tão lindo que há nesse mundo que é a crença em uma divindade, na perfeição. Não tô aqui pra falar mal de quem não acredita, até entendo que alguns não encontrem motivos, tô aqui pra pedir que parem de crucificar e fazer alegações errôneas aos cristãos.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E, por fim, vou explicitar algo que me chocou alguns dias atrás: descobrir que uma garota de TREZE anos com cara de NOVE anos<b> fuma maconha</b> - com orgulho! - e fica com inúmeros meninos e meninAs. Desde já deixo claro que não sou contra o homossexualismo, mas pelo amor de Deus, <i>o que uma criança dessas sabe sequer sobre heterossexualidade??</i> Ou melhor, não deveria saber, ao menos. Ainda mais quando é tudo uma questão de "orgia barata", pois já soube de várias garotas amiguinhas que ficam por "diversão". Ou seria por influência? Que eu saiba um homossexual realmente gosta de pessoas do mesmo sexo, e não fica brincando de causar polêmica sem nem saber o que é. E uma criança fumando maconha? Que absurdo é esse, gente? Fico me perguntando onde estão os pais dessas meninas, se sabem, se orientam suas filhas... E filhos também, é claro. <b>Uma pessoa de 13 anos nada sabe da vida</b>, não podemos nem ao menos culpá-las por não terem discernimento exato de suas ações, então... Pais, familiares, cadê vocês?? Criança usando droga é o cúmulo do absurdo! E ainda com o agravante que não é uma garotinha pobre que não teve acesso à educação, muito pelo contrário: muitas estudam nos melhores colégios da cidade e ainda assim fazem essas coisas chocantes, se tornando assim as "garotas cool, pop e badaladas"... Isso é demais pra minha cabeça, sério. </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Vou finalizar com um assunto que remete ao anterior,<i> que é alguns usuários de maconha chamarem quem é contra a maconha de alienado e hipócrita</i>. Na boa, primeiro: você pode não ser alienado, mas também não é tão inteligente assim, pra crer que precisa de alguma droga pra se animar, relaxar, ser feliz, anyway. Porque maconha É SIM uma droga e afeta SIM seu organismo. Ah, e causa dependência SIM, ao contrário do que muitos dizem erroneamente por aí. Em segundo: ok, podemos ser hipócritas em alguns pontos. Mas e vocês? Fazem questão de postar "Conecrew" e "4:20" abertamente nas redes sociais mas duvido que a maioria fale isso pra suas mamães e papais. Vai dizer que você começou a fumar porque deu na cabeça? Creio que a estúpida maioria tenha começado por influência dos coleguinhas, até mesmo pra não se passar por careta na frente dos amigos, pra "mostrar que é descolado" - afinal fumar maconha virou modismo e sinônimo de ser 'cool' né? Sem falar nos que falam tanto dos problemas sociais mas só sabem acender o baseado e sentar pra "brisar", ao invés de ir estudar e fazer algo útil da vida... Ah, só postando um trecho de muita contradição do cara do Conecrew: "(...) pra mim é só uma planta com folha e flor que me deixa tranquilão, e sem a planta não dá mais pra viver em paz". Aham, se é só um planta que te relaxa, por que você não pode viver sem? É viciado e quer insistir que não vicia? <i>Por favor, tenha senso.</i></span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Pronto, acabei minha seção "xingando todo mundo e dizendo o que estava engasgado". Amanhã tem eleição, nos livramos dessa merda de horário político e elegeremos mais um provável corrupto filho da mãe. É isso aí, boa sorte pra vocês, porque com esse mundo tão perdido assim nós precisamos, rs.</span>Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-966983670970951932012-07-31T22:54:00.000-03:002012-07-31T22:54:27.828-03:00O prazer da dor<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há algo de tão prazeroso na dor
que muitos ousam amá-la. Sentir, fazer sentir... Seja como for, incuti-las,
mesmo que momentaneamente, pode ser <b>perigosamente delicioso</b>. Como aquela ferida
que quanto mais você mexe, mais você quer mexer... E não permite que se feche,
pois a cada vez que seu corpo tenta fazê-lo você remexe, proíbe, impede. Talvez
sangre, talvez se abra mais, ou talvez nunca cicatrize. Simplesmente não te
importa, pois o essencial é manter a dor junto de ti, a uma distância
minimamente confortável. É como aquele perdão que você não consegue dar, pois a
cada vez que a pessoa se aproxima da redenção sua memória é forçada por ti a
relembrar tudo de ruim que a pessoa lhe fez; você sente prazer ao tortura-la
com erros passados, mesmo alegando que lhe doi – o que não é mentira, mas
consequência. É também como a tristeza iminente numa pessoa que tem uma vida
estável, na medida do possível: possui tudo que lhe é necessário, desde pessoas
a necessidades básicas à sobrevivência. E, por incrível que pareça,
manifesta-se o prazer no sofrimento por outrem; namorado, amigo, familiar, ex-qualquer-coisa,
e por aí vai... Alegar incapacidade de esquecer a pessoa em questão é deixar
implícita sua <i>falta de vontade</i> de “tirar” a tal de sua vida, como se o
sentimento por ela fosse mais forte do que você, o que é mentir pra si mesmo. São
apenas alguns dos inúmeros casos onde o prazer da dor impera, mesmo que
inconscientemente. Ah, essa tortura irrefreável... E a dor, que antes lhe
parecia tão ruim, te toma intensa e lhe afaga o rosto imperceptivelmente
sorridente.<o:p></o:p></div>Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-56233837017902936972012-06-02T23:04:00.001-03:002012-10-10T23:03:48.273-03:00Digo sim às cotas raciais e sociais, e você?<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Cotas sociais e raciais: tema
polêmico desde a sua criação. Polêmico por ser interpretado de duas formas
<b>completamente opostas</b>. Quem as defende, geralmente argumenta que é o meio mais
eficaz de se conseguir que uma quantidade maior de pessoas negras e/ou oriundas
de colégio público ingresse no ensino superior. Quem as condena, vai mais pela
vertente de que todos deveriam competir de forma igualitária e que cota não
passa de um meio que o governo encontrou para mascarar a péssima educação
pública. Na minha opinião, há um pouco dos dois. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Bom, muitas pessoas falam sobre
esse assunto sem um conhecimento mais aprofundado, sem saber como se deu seu
início e acabam interpretando de maneira <i>superficial</i>. As cotas foram criadas
com o intuito de serem provisórias, ou seja, para ajudar os menos favorecidos
apenas por um determinado prazo. Daí vem um cara e pergunta: <i>“Mas por que
negros? Não existem inúmeros brancos pobres? Isso é preconceito!”</i>. Meu caro,
não é bem por aí... Tudo bem, existem muitos brancos pobres. Entretanto, a
<b>maioria esmagadora</b> da população pobre é negra e/ou mestiça! E a causa é bem
evidente, para qualquer pessoa com o <i>mínimo</i> de conhecimento histórico. Os
negros foram muito explorados no passado; sempre tratados como coisa, como
escravos, como subalternos... Óbvio que suas gerações subsequentes seriam pobres,
já que foi muito difícil que o negro conseguisse ser visto como igual – o que
chega a ser absurdamente <b>ridículo</b>. Então foi dada uma oportunidade aos negros e
mestiços de ingressarem em universidades através de cotas, já que são
descendentes de um povo tão sofrido e repugnado. O mesmo ocorreu com os índios,
hoje praticamente extintos da sociedade. Por isso também há uma cota separada
para índios. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Outro argumento muito utilizado:
<i>“É tudo uma questão de esforço. Depende mais do estudante do que da escola na
qual ele estuda. Logo, não deve-se dar vantagem só porque ele vem de
instituição pública”</i>. Esse é muito falado, inclusive, pelos estudantes de
colégio particular, que se sentem “ameaçados” por esse sistema. O que penso sobre isso é que, claro, depende
<b>muito</b> do estudante. Mas vestibular não é somente esforço: é preparo, é
conhecimento aprofundado sobre certos assuntos (quem já prestou vestibular sabe
bem do que falo). Tanto que inúmeros estudantes de colégio particular também
estão recorrendo aos cursos pré-vestibulares, pois nem seus colégios estão
preparando o suficiente. Vejamos um exemplo: um rapaz esforçadíssimo de um
colégio público vai prestar vestibular neste ano. Ele estuda em casa, presta atenção
nas aulas e faz as lições, mas não tem dinheiro pra pagar um curso
preparatório. Em contrapartida, existe um rapaz também esforçadíssimo de um
colégio particular que vai prestar vestibular neste ano. Estuda em casa, faz
tudo certinho... Porém seu colégio possui mais recursos: dá aulas extras, faz
simulados e se aprofunda mais nos assuntos. Pagando ou não um cursinho, este
rapaz está óbvia e claramente mais preparado que o outro, não? O outro, que
enfrenta diversas dificuldades... Greves e paralisações todos os anos,
professores mal preparados ou simplesmente desenganados, poucos recursos no
colégio... Se mal há as aulas diárias, quem dirá aulas extras e simulados!
Perante tal fato, quem possui mais chances de passar no vestibular? Se eles
concorressem à mesma vaga, me diga, <i>quem você acha que a ganharia</i>? Creio que nem preciso pôr meu palpite aqui.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Por fim, o tal do <i>“o governo
permitiu as cotas para mascarar a péssima qualidade do ensino público”</i>. Isto é
verdade, eu concordo. Mas a proposta das cotas, como já mencionei, foi ajudar
os menos beneficiados de maneira <b>provisória</b>. O ensino público está
evidentemente catastrófico, péssimo. Então decidiu-se que era necessário que se
desse um “empurrãozinho” aos estudantes mais pobres que almejam ascender socialmente
e não conseguem devido às dificuldades. Daí, neste meio tempo, o governo
deveria investir na educação visando melhorá-la para que após uns anos os
jovens do ensino público pudessem estudar de forma digna e competir com os
jovens de colégios particulares de forma igualitária, mais justa. Esta parte é
que claramente está difícil de acontecer, já que tudo que o governo <b><i>não</i></b> quer é
que a qualidade de ensino melhore (se é que posso usar a palavra melhorar...).
Então, o que os políticos provavelmente farão é tornar as cotas um meio
permanente mesmo, para fingir que os menos favorecidos estão conseguindo se
igualar aos demais no quesito educação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Então, fica aqui minha
consideração final: as cotas foram criadas para ajudar, mas o governo vai
utilizar a seu favor. Como já declarei em um post mais antigo, os políticos
detestam que as pessoas possuam boa educação, principalmente os pobres: esse é
o meio mais descarado e eficaz de se manter no poder. Não sou contra as cotas,
pois as vejo como sinal de necessidade, não de incapacidade. Mas também não sou
a favor delas para sempre, que é o que está mais provável de acontecer...<b> O
recado é apenas para pararem de falar sem saber, porque se reivindicarem o fim
das cotas e ele chegar, aí sim é que os pobres não terão chance alguma contra
os poderosos. </b></span><o:p></o:p></div>
Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-49696323559855941262012-04-30T13:59:00.000-03:002012-04-30T14:25:32.149-03:00Carta à falsa moralidade<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: #333333;">Sim, a vocês, falsos moralistas. Discursos
bonitos, oratória perfeita de um mundo perfeito. Isto se chama nada mais nada
menos que utopia! Fingir idealizar, pregar melhoras... Ora, há de começar por
si mesmo. Por sua <b>falta de caráter</b> que se mostra a cada vez que o que você
pensa conflita com o que você diz. A cada vez que o que você faz diverge do que
você diz ser correto. <i>Hipocrisia</i> é mandar um político à merda e ser tão
corrupto quanto; não com dinheiro público, mas sendo desonesto nas mais
diversas situações cotidianas. </span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: #333333;"><i>Hipocrisia</i></span> é falar da sujeira das ruas e ser o
primeiro a jogar um papel qualquer no chão. <i>Hipocrisia</i> é julgar os outros e
fazer a mesma coisa – ou pior.<b> Ninguém é santo</b>, ninguém é tão correto, até
porque isto não passa de questão de opinião. Hoje em dia é tudo relativo, até
mesmo o tal “certo e errado”. A própria <u>moral</u> é relativa... Cada cultura vê a
moralidade em coisas diferentes. No seu âmago você deseja as coisas mais
“imorais” e aponta o dedo para o primeiro que comete traição. Ser humano é
estar na condição da imperfeição! <span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: #333333;">Estou bebendo um drinque e brindando à você,
que só olha para o próprio umbigo. À você que diz que beleza não importa mas ri
da primeira garota linda que passa de mãos dadas com uma pessoa feia segundo os <strike>seus</strike> padrões. E claro, à você que jura não ter<b> preconceito</b> mas não quer
envolvimento algum com homossexuais. E como esquecer os tantos hipócritas que
falam não ligar para dinheiro e se jogam para qualquer pessoa com melhor
condição social? Tantos e tantos falsos caridosos, doando para instituições
apenas pelo status, apenas para ganhar mais fama e dinheiro! Estou brindando à
você também, que é rico e vai na favela cumprimentar os pobres levando álcool
em gel no bolso para limpar as mãos. Político rouba? E o que dizer de você, que
quando recebe troco a menos faz escândalo e quando é a mais se cala? <b>A moral
que você tanto prega, querido, é a que você deveria seguir</b>. E nem assim teria o
direito de <i>julgar</i>. </span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: #333333;">Não devemos esquecer também dos religiosos que dizem todo o
tempo que só Deus tem o direito de julgar e saem por aí criticando a todos que
não se submetem à religião ou às suas moralidades. Nem nos esquecer dos
pastores que falam tanto em não cometer pecados, dizem que “o rico não entra no
reino dos ceus” e roubam descaradamente os pobres fieis que dão o dízimo,
construindo fortuna em cima deles. Também não devemos esquecer dos padres que
abusam de crianças e mantém relações sexuais com adultos, contrariando o próprio
voto de castidade! E o que dizer dos tantos que vão para igreja rezar e fazem
tudo errado? Que fingem seguir a religião, andam com a bíblia embaixo do braço
e por dentro são gananciosos, contrariam os preceitos da religião? Falo com
todas as letras: vocês são f-a-l-s-o-s m-o-r-a-l-i-s-t-a-s, e acabam por ser
<i>piores</i> do que muitas pessoas que não são adeptas à religião! </span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: #333333;">Palmas para você
também, que compartilha e divulga os problemas da sociedade exigindo solução
nas redes sociais e no momento seguinte está falando em comprar e fazer coisas
fúteis, como se os tais problemas não fossem mais da sua conta. À você, que
como diz Hayley Williams, brinca de ser Deus. E, finalmente, palmas para a
<b>sociedade hipócrita</b>, que mente, finge, julga e vive de aparências. Um brinde à
todos! Levante e assista a essa peça que existe desde que o mundo é mundo, que
<b>nunca</b> vai acabar. </span></span><br />
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: #333333; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: #333333;">Referência musical: </span><a href="http://letras.terra.com.br/paramore/1483885/traducao.html">http://letras.terra.com.br/paramore/1483885/traducao.html</a></span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<br />Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-29424546448525150012012-03-11T15:56:00.003-03:002012-04-30T14:22:53.409-03:00Tempo, querido tempo<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span style="background-color: white; line-height: 21px;">"Por seres tão inventivo e</span><span style="background-color: white; line-height: 21px;"> pareceres contínuo...</span><span style="background-color: white; line-height: 21px;">Tempo tempo tempo tempo, é</span><span style="background-color: white; line-height: 21px;">s um dos deuses mais lindos... </span><span style="background-color: white; line-height: 21px;">Tempo tempo tempo tempo..."</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; line-height: 21px;">É assim que começo o texto de hoje, já evidenciando qual o assunto em pauta:<b> o tempo</b>. E um pouco da novela "A vida da gente" com seus exemplos. Então, não sou "ligada" em novelas, nem assisto mais há muito tempo, e com essa que acabou há uns dias não foi diferente. Vi alguns capítulos aleatórios, quando não tinha ocupação, e ouvia comentários sobre o triângulo polêmico que se formou na trama. Até uma amiga minha comentar sobre o último capítulo dizendo que gostou muito. Ela é uma ótima crítica, então levei sua opinião em consideração e resolvi assistir pra ver se curtia. Não deu outra: o final realmente <i>me emocionou</i>, fiquei admirada com alguns diálogos e constatações sobre os protagonistas e sobre o tempo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; line-height: 21px;">Como todos devem saber, a Ana e o Rodrigo se amavam desde a infância, e após ela entrar em coma ele se envolveu com a irmã de Ana, criando a filha que tiveram com sua nova amada. Quando Ana acorda do coma, de repente Rodrigo se vê confuso entre voltar a viver o passado de toda a sua vida antes do coma da garota, ou viver o presente com a garota que passou a amar. O amor entre Ana e Rodrigo sempre havia sido complicado, e nunca lhes permitiram viver juntos, o que os mantinha num sofrimento, presos numa história inacabada. Enquanto com Manuela ele pôde ser feliz, embora sempre assombrado pelo "fantasma" de Ana. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; line-height: 21px;">Toda essa situação me fez pensar em como isso acontecia, e que era mais comum do que se imagina existirem Rodrigos, Anas e Manuelas na vida real. Não na mesma situação, claro, mas em conflitos parecidos. O que acontece é que somos <b>acomodados</b>. Sim, nos acostumamos tanto com as coisas que quando entramos em terreno desconhecido ficamos com saudade do terreno antigo e já tão aconchegante. Falando em relacionamentos amorosos, especificamente, é bastante frequente: muitas vezes você não sente falta da pessoa <i>em si</i>, e sim das ligações que ela fazia só pra te desejar "boa noite" ou perguntar como foi seu dia, dos lugares que vocês costumavam ir juntos, das mensagens, conversas, risos, etc... Porque no fim de um relacionamento você normalmente se sente sozinho, sem ninguém pra <i>suprir a falta </i>das coisas que você era acostumado a fazer e ter. Então você se sente preso à pessoa, mais por <b>medo do novo</b> do que por saudade. É natural, está na condição de ser humano. Aí vem o tempo, o sábio senhor que tem o poder de curar tudo... Remediar ou simplesmente cicatrizar. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; line-height: 21px;">Me ocorre que essa prisão que construímos para nós mesmos seja ruim, porque nos torna tão relutantes que às vezes nos priva do melhor. É bem aquela coisa do "há males que vêm para bem", e nos custa acreditar. No momento parece que nosso mundo vai cair, que vamos morrer... Mas as novas experiências nos mostram que se aconteceu foi porque era pra ser, e que precisávamos passar por tudo aquilo pra perceber que podíamos ter mais... Que podíamos <b>ser</b> mais! Fica claro isso nos textos que Ana e Rodrigo redigiram um para o outro. Eles relembraram a infância e adolescência juntos, todo aquele intenso amor que viveram, e assumiram que se amariam para sempre; mas não do mesmo jeito, <i>não o mesmo amor</i>. A prisão havia acabado, eles haviam se resolvido, e agora estariam livres pra viver outra história, amar outra pessoa <b>por inteiro</b>. Sem mais confusões, sem mais sofrimento, sem mais peso do que o passado trazia consigo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; line-height: 21px;">No início da novela eu achei que um amor de tanto tempo tinha que permanecer até o fim, e em quase todas as novelas que assisti almejava que isso ocorresse. Mas de uns tempos pra cá me parece que os autores estão acabando com a história do "era uma vez (...) felizes para sempre" e colocando os mocinhos pra finalizar a trama com outro amor. Algumas ficam meio sem sentido, mas nessa fez todo o sentido. E como minha amiga disse, seria contraditório eles pregarem na novela que o tempo passa e as coisas mudam e não mudar nada entre o casal principal. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; line-height: 21px;">A verdade é que existem sim amores que duram uma vida inteira, apesar de ser raro... Mas existem também amores que acabam, ou que simplesmente mudam de jeito, não deixando de ser amor. E nem por todas as mudanças esse sentimento deixa de ser tão nobre e bonito. A vida segue, o tempo passa... Não importa se você está seguindo junto com ela ou não. No decorrer do seu caminho, você perderá pessoas, conhecerá outras, amará e talvez odiará quem amou. Perderá coisas, ganhará outras. Hesitará entre continuar caminhando ou voltar. É assim mesmo. O mundo dá voltas, as coisas mudam. <b>E nada permanecerá do jeito que você deixou... Nada.</b></span></div>Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-9406428746743537922012-03-02T02:23:00.000-03:002012-03-02T02:23:25.008-03:00Embriaguez de ti<!--[if gte mso 9]><xml> <o:OfficeDocumentSettings> <o:AllowPNG/> </o:OfficeDocumentSettings> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:TrackMoves/> <w:TrackFormatting/> <w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone> <w:PunctuationKerning/> <w:ValidateAgainstSchemas/> <w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:DoNotPromoteQF/> <w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables/> <w:SnapToGridInCell/> <w:WrapTextWithPunct/> <w:UseAsianBreakRules/> <w:DontGrowAutofit/> <w:SplitPgBreakAndParaMark/> <w:EnableOpenTypeKerning/> <w:DontFlipMirrorIndents/> <w:OverrideTableStyleHps/> </w:Compatibility> <m:mathPr> <m:mathFont m:val="Cambria Math"/> <m:brkBin m:val="before"/> <m:brkBinSub m:val="--"/> <m:smallFrac m:val="off"/> <m:dispDef/> <m:lMargin m:val="0"/> <m:rMargin m:val="0"/> <m:defJc m:val="centerGroup"/> <m:wrapIndent m:val="1440"/> <m:intLim m:val="subSup"/> <m:naryLim m:val="undOvr"/> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
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<div class="MsoNormal">Teus olhos me enlaçavam, me fixavam de um jeito... Nunca tinha sentido isso antes. Era como uma droga surtindo efeito. Eu simplesmente não conseguia te negar nada, estava num êxtase absoluto e inegável. O mais estranho de tudo era eu me sentir bem com isso. Que mágica fizestes em mim? Deveria me contar. Senta aqui, e explica-me essa confusão que é você. Diz-me por que pronuncia palavras incertas de forma tão segura. E por que eu fico tão presa nessa tua inconstância, me sentindo contraditoriamente segura. Teus braços me consolam, trazendo uma paz que outrora era utopia. Anda, vem cá. Me tira desse transe, ou me diz como sair dele. Ensina-me como curar isso, um antídoto desse teu veneno poderoso ao qual não consigo resistir. Nos meus pensamentos parecias tão mais frágil... Eu conseguia me desvencilhar de tuas mãos macias e fortes. E quando ousei abrir os olhos, já estava lá, novamente, completamente entregue a ti. Os pensamentos diziam “Não”, mas os olhos diziam “Sim”. O coração pulsava acelerado, as mãos o seguravam como que para não sair do lugar. Não adiantaria tentar fugir, você sempre iria me alcançar. Tolice minha. Então você me puxa forte, e teus lábios encontram os meus. E eu esqueço todos os devaneios, todas as relutâncias, e sou sua outra vez...</div>Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-53364219748064849652012-03-01T23:25:00.003-03:002012-03-01T23:28:28.599-03:00O mundo de um estranho sonhador<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Mais uma xicara de café. Agora bebericava com pressa, apesar da visível quentura, com fumaças saindo desenfreadamente. Lia o jornal da manhã, com os olhos correndo pelos classificados. “Nossa, quanta tragédia de ontem pra hoje”, mencionava calmamente. Na verdade, precisava arranjar um emprego com urgência. A “vida mansa” não lhe pertencia mais... Era hora de virar gente, como dizem por aí. Achou inúmeros empregos, mas nenhum parecia lhe servir. Não que fosse indigno ou coisa assim, apenas exigia uma experiência mínima, o que não correspondia a sua realidade. Olhou para o relógio. Seu tempo acabara. Adeus aos classificados, era hora de ir à luta <i>de verdade</i>. Penteou os cabelos, visualizou o “conjunto” pelo espelho e concluiu que estava satisfatório. Riu da própria vaidade e saiu, trancando as portas. No trajeto, observou as pessoas transitando rapidamente, devido à loucura do dia a dia. Não queria ficar assim, almejava uma vida tranquila. Suspirou. “Em que mundo você vive? A realidade é <b>bem</b> diferente, acorda”, pensou. Pois é, pra se viver nesse mundo tinha que trabalhar, trabalhar, trabalhar... E trabalhar. Aproveitar e se divertir é pra quem pode, não para a estúpida e esmagadora maioria. Caminhava distraidamente, com as mãos no bolso e assobiando uma música dos <i>Beatles</i>. Que raios de pessoa procuraria um emprego assim? Era um completo sonhador, desconhecedor das regras do mundo real. Mas estava prestes a conhecê-lo, e teria que aprender à força a seguir as tais. Encontrou agências de emprego, marcou entrevistas. Por ser inteligente e perspicaz, conseguiu três trabalhos: assistente bibliotecário, operador de telemarketing e caixa de banco. Escolheu a primeira opção. Inicialmente adorou, por estar próximo de sua paixão – livros –, porém logo se cansou das pessoas procurando-lhe sem parar. Tentou a segunda opção. Gostou de poder passar trotes e rir das pessoas nervosas, entretanto o stress incontrolável dos clientes o irritou demasiadamente. Por fim, tentou o terceiro. Era um trabalho leve, lhe aproximava do dinheiro... Mas isso não o interessava. Era entediante demais para ele. Após as três experiências, concluiu que não servia para trabalho algum. As pessoas, segundo ele, eram muito entediantes, arrogantes e previsíveis. Queria algo novo e diferente. E então decidiu: foi ser escritor. Criou o mundo que almejava viver, as pessoas com quem desejava conviver... Não tinha muito dinheiro, mas não vivia na correria rotineira dos demais. Era feliz. E isso era, definitivamente, raro. </span><o:p></o:p></span></div>Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-12009439989114394212011-11-27T17:34:00.002-02:002011-11-27T17:47:08.761-02:00A origem dos contos não tão de fadas assim<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"> <a href="http://blog.educacional.com.br/rosaninhasouza/files/2009/10/conto-de-fadas1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="252" src="http://blog.educacional.com.br/rosaninhasouza/files/2009/10/conto-de-fadas1.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Olha só quem está voltando! É, depois de um longo tempo sem postagens, resolvi reativar o blog aos pouquinhos. Agora com muito mais tempo livre, e buscando mais coisas legais pra escrever aqui. Então para marcar a minha volta, trouxe um tema bastante polêmico e interessante de se discutir:<i> Vocês sabem a origem dos contos de fada?</i> Sim, aqueles que vemos desde pequenos, que começa com "Era uma vez..." e termina com "Felizes para sempre"! Bom, a origem deles <b>não</b> é tão feliz assim... Então dei uma pesquisada e resolvi trazer alguns aqui pra vocês. Lembrando que são histórias um tanto bizarras, então se preparem. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>A pequena sereia:</b></div><div style="text-align: justify;">Há variações (como em todos os outros), mas numa delas, a bruxa do mar dá pernas à sereia - pois ela se apaixonara pelo príncipe -, mas com algumas condições: ela perderia sua voz, cada passo que desse sentiria como se estivesse pisando em <i>facas</i> e por último, se o príncipe não se casasse com ela, ela viraria espuma do mar. Tempos depois o príncipe se apaixona por uma princesa de outro reino e, no dia de seu casamento, as irmãs de Ariel lhe dão uma faca para que ela <b>mate</b> o príncipe e assim possa voltar a ter cauda. Sem coragem de fazer isso, a sereia deixa o príncipe viver feliz para sempre com outra e morre,<b> virando espuma do mar</b>. É um conto triste, porém até leve se comparado aos outros que estão por vir. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Chapeuzinho vermelho:</b></div><div style="text-align: justify;">Existem três versões um tanto interessantes que encontrei. </div><div style="text-align: justify;">Numa, após falar com o lobo mau e receber as falsas informações, ela é <b>devorada</b> pelo lobo. Não existe vovozinha nem caçador. O conto tenta passar a mensagem que nunca se deve confiar em estranhos.</div><div style="text-align: justify;">Na segunda, a chapeuzinho faz uma <i>Strip-tease</i> para o lobo mau - que em algumas variações era na verdade um lobisomem ou um ogro -, afim de distraí-lo e fugir.</div><div style="text-align: justify;">Na terceira - a mais bizarra -, o lobo<span class="Apple-style-span" style="color: red;"> estripa </span>a vovozinha e obriga a chapeuzinho a<i> jantá-la</i> com ele. Esperta que ela é, diz ao lobo que precisa ir ao banheiro e foge.<br />
Nas três versões citadas, o lobo se dá bem, de alguma forma.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>João e Maria:</b></div><div style="text-align: justify;">Numa versão muito bizarra, não existe uma bruxa má, e sim um casal de <b>demônios</b>. E o que eles querem não é comer João, e sim <span class="Apple-style-span" style="color: red;">estripá-lo</span> num cavalete de madeira. Quando o demônio sai, a demônio-fêmea (isso existe? rs) pede para João se deitar no cavalete com a ajuda de Maria. A menina diz não saber como fazê-lo e pede que a demônio-fêmea faça uma demonstração. Quando a dita cuja se deita, os meninos amarram-na e <u>cortam-lhe</u> a garganta. Então fogem com o dinheiro e com a carroça dos demônios. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Cinderela:</b></div><div style="text-align: justify;">É o conto que mais possui variações (cerca de 700). Encontrei duas mais interessantes - e claro, bizarras. A primeira inclusive eu já havia lido num livro dos Irmãos Grimm que tinha quando criança. </div><div style="text-align: justify;">Nessa primeira, quando o príncipe vai à casa da Cinderela, suas irmãs<i> cortam um pedaço do calcanhar</i> para que seus pés caibam no sapatinho de cristal. Dois pássaros amigos da mocinha vêem tudo, e mostram ao príncipe os pés das malvadas sangrando. Como castigo, os pássaros bicam as duas garotas, deixando-as cegas. Além de cegas e mancas, ainda passam a viver como mendigas, enquanto a Cinderela vive feliz para sempre em seu castelo.</div><div style="text-align: justify;">Noutra versão bizarríssima, a Cinderela é filha de um rei viúvo - em algumas variações a própria Cinderela quem matou a mãe - que jurara nunca mais casar-se com outra mulher, a não ser que fosse tão linda e perfeita quanto sua esposa, além de ter cabelos cor-de-ouro e calçar os mesmos sapatos que a finada. A única a preencher tais requisitos <b>é sua própria filha</b>, e o rei então decide casar-se com ela! Como a moça não quer cometer tal incesto, acaba por fugir num armário de madeira e é encontrada "do outro lado do mundo", onde é escravizada por duas irmãs malvadas, e daí pra frente começa a história que todos conhecemos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Branca de neve e os sete anões:</b></div><div style="text-align: justify;">Também encontrei duas versões super interessantes. Na primeira, o mais bizarro é o pedido da madrasta da Branca de neve, que não pede só o coração da menina ao caçador, mas também o pulmão, o fígado, e um jarro com todo seu sangue. E tudo isso para <i>jantar a garota</i>, literalmente.</div><div style="text-align: justify;">Na outra versão, o príncipe a vê "adormecida" e resolve levá-la ao seu castelo, para que ela fique para sempre com ele (meigo, não?! O que ele faria com o corpo morto, vai-se saber). Os servos do príncipe carregavam o caixão de um lado a outro do castelo. Um dia, um dos servos se revolta e, pasmem, dá um <b>surra </b>na Branca de neve! Um desses golpes cai sobre o estômago da garota, que vomita a maçã envenenada e "ressuscita". Outro detalhe estranhamente bizarro é que nessa versão a garota tinha apenas <b>7 anos</b>! No fim deste conto, a madrasta má - em algumas versões tida como a própria mãe da branca de neve - é obrigada a calçar<b> sapatos de ferro em brasa</b> e dançar <i>até morrer</i>. </div><div style="text-align: justify;">Príncipes pedófilos e necrófilos, como isso é romântico, não é?! Li certa vez uma versão onde os anões abusavam da menina, mas não a encontrei e não me lembro dos detalhes, portanto não vou me aprofundar nela. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>A bela adormecida:</b></div><div style="text-align: justify;">Essa sim, me deixou estarrecida. Não só pelas bizarrices, mas também por ser meu conto de fada favorito desde criança. E sim, é um dos mais fortes. São três as mais bizarras versões que encontrei.</div><div style="text-align: justify;">Na primeira, não há roca onde ela espeta o dedo, e sim uma farpa encravada embaixo de sua unha; e seu príncipe não é tão encantado assim. Quando vai resgatá-la, o príncipe gosta do que vê, e resolve se aproveitar da bela adormecida, literalmente (outro necrófilo...). Nesse estupro, o príncipe a engravida. E volta durante esses nove meses para continuar aproveitando-se da bela <i>grávida</i> adormecida. Após os nove meses, ela dá à luz (adormecida!!), e os filhos gêmeos, em busca de leite, acabam chupando o dedo da mãe, retirando assim a farpa encravada e acordando-a. O príncipe, ao voltar e vê-la acordada, pede-a em casamento. Só que havia um problema: sua mãe era <b>ogra</b>! E uma ogra que comia criancinhas... Então ele espera que seu pai morra para se tornar rei e levar a princesa e seus filhos a seu castelo. Numa viagem que o agora rei faz, a mãe ogra resolve comer seus netos e também sua nora. Porém a bela acordada, com a ajuda do cozinheiro, esconde-se. Quando seu marido retorna e descobre, manda matar a própria mãe. </div><div style="text-align: justify;">Outra variação parecida é que na verdade é um rei que estupra-a, e sua esposa ogra tenta comer os filhos bastardos do rei, mas acaba por ser descoberta e <i>queimada viva</i> numa fogueira. </div><div style="text-align: justify;">Numa outra versão que encontrei certa vez é que quem a estupra é<b> seu próprio pai</b>. E quando acorda, se vê estuprada e mãe dos filhos do dito cujo. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Bom, galera, esses são alguns dos mais importantes contos de fadas. Existem vários outros, caso queiram é só procurar. Acreditar ou não na veracidade dessas origens, fica a critério de cada um. Mas que é algo super intrigante, ah, isso é! Alguns podem dizer que é coisa subliminar da Disney pegar contos desse tipo e "mascará-los", mas pode ser apenas uma tentativa de fazer com que as pessoas acreditem em finais felizes. Muito ao contrário dos criadores (geralmente europeus) desses contos aí, diga-se de passagem. </div>Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-45256518933924213562011-09-11T12:20:00.000-03:002011-09-11T12:20:04.441-03:00Para sempre, Princesa.<div style="text-align: justify;">Nem ia postar hoje, ou talvez postasse algo sim... mas não vou postar o que eu teria planejado. Nessa madrugada perdi alguém que amo, alguém com quem passei anos e anos da minha vida... Para alguns pode parecer bobo sentir com a morte de um cachorro, mas quem tem entende. Então viso neste post uma singela homenagem a minha eterna Princesa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Era uma tarde de outubro, o ano era 2003. Uma cachorrinha bem jovem mesmo andava pelas ruas da cidade de São Paulo, com seu corpo cheio de pulgas, carrapatos e uma patinha quebrada (algum motorista insensível havera atropelado...), aparentemente contentada com seu destino. Então, comovidas com a situação, uma mãe e suas duas filhas resolvem cuidar daquela pequena faminta e sofrida, para depois devolvê-la às ruas, mesmo que custasse... E assim fizeram: deram banho, alimentaram, e logo trataram de cuidar de sua pata ferida. As meninas pediam ao pai para que ele a deixasse ficar pelo menos até que se curasse, e o pai deixou. Enquanto isso, sua pata se curava e a família se apegava àquela doce criatura. Mais dias se passaram e, sem que percebessem, a cadela já se tornara membra da família! Recebeu por nome Princesa, e foi cuidada com todo amor e carinho que podia receber. </div><div style="text-align: justify;">Princesa crescia bastante alegre, aprontando bastante, comendo objetos da casa, inclusive aves... E apesar de ser tão levada, trazia consigo o dom de animar, divertir. Um tempo se passou e seus donos mudaram-se de volta para Salvador, levando-a junto na "bagagem", sem pestanejar. A cachorra animava-se, como sempre, todos os dias... a todos com quem vivia. </div><div style="text-align: justify;">Algum tempo depois, a tão alegre Princesa adoeceu. Contraiu uma doença grave e incurável... Sofrendo bastante com ela. Fez transfusão de sangue, melhorou muito, mas tempos depois tivera recaída. Seus donos faziam de tudo para não sacrificá-la, cuidando de todas as maneiras possíveis. Princesa lutava bravamente para sobreviver, bambeando entre a vida e a morte. Porém, após tanta luta, meses e meses resistindo, Princesa não aguentou mais lutar contra a doença e aceitou seu fim. Tivera sangramentos inestancáveis, e, numa madrugada, fechou os olhos para nunca mais abrir... Encerrando assim a vida de um ser tão lindo, tão perfeito... que deve estar ao lado do Senhor. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Recebi a notícia quando ainda dormia, sob os olhos chorosos de minha mãe, que tanto a amou. Fiquei pensando na importância dos cachorros na vida do ser humano, apesar de já sabê-la. Quando perdemos é que percebemos o quanto aquele serzinho tão amoroso faz falta, o quanto um pouquinho de sua alegria já te ajuda a sorrir. Como já dizia o rapaz em 'Marley e eu', os cachorros não se importam se você é rico ou pobre, com o que você tem ou deixa de ter... Ofereça seu coração a ele, e ele dará o dele em troca. E é isso... Ainda sinto muito sua perda, e para sempre sentirei. Mas sei que sua alma está em algum lugar bonito, e que ela está bem. Só o que restarão são as lembranças, e elas sempre me farão sorrir. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Para sempre, para todo o sempre, a minha Princesa <span class="Apple-style-span" style="color: #d5a6bd;">♥</span></b></div>Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-16516998489480697332011-09-06T15:03:00.000-03:002011-09-06T15:03:20.234-03:00E-mails para Eric - o fim<div style="text-align: justify;">Dois dias se passam. Dias esses inquietantes para Eric: o garoto não come direito, tampouco consegue sentir sono. Seu pensamento volta-se só e somente para Marie, de maneira desesperada. Apenas ele sabia o quão depressiva a menina era, e <i>nem</i> ele sabia o que ela poderia fazer quando ninguém estivesse ali para ampará-la! Treze minutos do novo dia se passaram e então Eric decidiu: iria para a Espanha em busca de Marie. <b>Iria encontrá-la, não importasse como.</b> Então saiu às pressas com pouca bagagem em direção ao aeroporto de Santa Catarina. Como não tinha dinheiro suficiente para a passagem e estadia lá, antes de chegar ao aeroporto passou na casa do pai (com o qual era brigado) e implorou por ajuda para encontrar Marie. O pai, comovido e emocionado, ajudou seu filho. Com o dinheiro em mãos, correu para o aeroporto, comprou a passagem e lá esperou o voo. Quando chegou a hora, Eric subiu apreensivo, só então se dando conta de que Madri é uma cidade imensa, e apesar de saber o bairro e rua, seu espanhol deixava bastante a desejar, o que dificultava muito as coisas. Porém, deixou evaporar as possíveis frustrações e embarcou. Acabada a viagem, tratou logo de pegar um táxi com o mapa de Madri em mãos e pedir para ser conduzido ao hotel mais próximo. Aproveitou para perguntar ao taxista onde ficava a tal rua Martínez Molina do tal bairro Los Rosales do tal distrito Villaverde; porém foi uma tentativa frustrada, pois o taxista não sabia informá-lo. Chegando ao hotel, hospedou-se e logo saiu, em busca de Marie. Horas se passaram até que ele encontrou um rapaz que estava indo justamente para aquele bairro. Caminharam juntos e ao chegar no bairro, Eric foi procurar a rua; o relógio já marcava 21 horas quando o garoto finalmente encontrou. Felicitou-se e começou a perguntar se alguém conhecia Marie, dando suas características; após um tempo, alguém reconheceu a garota e fez uma cara de piedade. Eric, ansioso, perguntou onde a menina estava, e a moça, hesitando, disse-lhe que Marie havia <i>se suicidado</i>. O menino descontrolou-se, não acreditando no que ouvira; desatou a chorar, <b>gritando sua dor</b>, gritando o nome de Marie. A moça o levou para sua casa, embora ele resistisse, e tentou acalmá-lo. Passaram-se mais algumas horas, quando, cansado e estupefato, Eric adormeceu. Acordou no dia seguinte, ainda incrédulo. A moça que havia lhe acolhido, Amélia, ofereceu-lhe café da manhã e pôs-se ao lado dele. Como falava português, Amélia conversou com Eric, contando-lhe que Marie não suportou o fato de o pai ter morrido e <u>atirou-se</u> da ponte do lago de onde morava. O garoto, entristecido, agradeceu a ajuda de Amélia e foi embora. Caminhou por entre as árvores, pensativo e desnorteado, até que chegou em um restaurante e parou para comer algo. Estava comendo, quando de repente avistou uma garota parecida com Marie, porém com a cor dos cabelos diferente; curioso, chegou mais perto, mais perto e... Surpreendeu-se: aquela era, <i>sem dúvida</i>, a <b>sua</b> Marie! Nervoso, chamou a garota e ela virou-se instantaneamente; quando viu que era Eric, desmaiou. Instantes depois ela acordou, e Eric perguntou o que havia acontecido, relatando o que Amélia lhe havia dito. A menina explicou que realmente se jogara, porém um rapaz a encontrou quando ainda estava com vida e amparou-a. Imensamente feliz, Eric beijou Marie, com lágrimas caindo descontroladamente dos olhos. Os dois ficaram ali por horas, enquanto a menina contava com detalhes o que havia acontecido em sua vida desde o dia que mandara aquele e-mail. </div><div style="text-align: justify;">Dias depois, voltaram para o Brasil. As feridas de Marie sararam, porém as cicatrizes ficaram. Cicatrizes essas que a menina carregaria para o resto da vida. Eric fez as pazes de vez com o pai, passando a visitá-lo com frequência. Os e-mails continuaram a ser trocados por Eric e Marie quando um dos dois viajava. Um tempo depois, casaram-se e viveram, enfim, <b>felizes</b>. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i>observação: o intuito dessa história é mostrar que o amor de verdade ainda é capaz de vencer qualquer barreira. Sei que não é do meu feitio relatar finais felizes, porém, às vezes é necessário acreditar que eles existem. </i></div>Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-25684727902248457032011-08-14T12:30:00.003-03:002011-08-14T12:51:56.514-03:00E-mails para Eric<div style="text-align: justify;">Suponho que tenha intrigado algumas pessoas quanto à última postagem. Perguntas como: "Quem é Eric?", "Quem é Marie?", "De onde eles surgiram?" e por aí vai. Realmente, postei uma estória que advém de uma outra estória, portanto agora vou mostrar-lhes o início de tudo entre Eric e Marie. Espero que curtam, e divirtam-se com mais um conto!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMewwqktrMnLHGUhwe8HYt1248hVOs0df3ZicgRq6ug33xEAlOQTq99Z-xU-5LCZW07ehn0e4ZtC9NkX2mpbyJpqFlkvWhhoEMbcM2qICn8FgTYeHKVZ3mtqM0Jz1XgJmvxvhonqmXcsE/s1600/barra5.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMewwqktrMnLHGUhwe8HYt1248hVOs0df3ZicgRq6ug33xEAlOQTq99Z-xU-5LCZW07ehn0e4ZtC9NkX2mpbyJpqFlkvWhhoEMbcM2qICn8FgTYeHKVZ3mtqM0Jz1XgJmvxvhonqmXcsE/s1600/barra5.gif" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Marie era uma garota diferente de muitas da sua idade: não se importava com festas, namoro, roupas nem popularidade. O que ela gostava mesmo era de estudar, ouvir música e ficar em seu computador, conversando com os poucos - porém verdadeiros - amigos que tinha, e procurando sites legais. Olhando por aí, achou um site de músicas no estilo do myspace e resolveu adentrar a essa nova rede. Certo tempo depois, fez amizade com um rapaz chamado Eric, que morava numa cidadezinha de Santa Catarina, bem distante da garota, que morava na Espanha para completar os estudos. O garoto era bem parecido com ela, exceto pelo gosto de sair, e tinha apenas dois anos à sua frente (possuía 20 anos completos). Os pais de Marie eram separados, o que fazia a menina sofrer bastante, e os pais de Eric, apesar de juntos, brigavam e estavam a um passo da separação. Neste conflito familiar comum aos dois, um entendia perfeitamente o outro, e apoiavam-se como irmãos. Tudo que acontecia a Eric, ele comunicava à garota através de e-mails, e vice-versa; conquistas, sonhos, tristezas, agonias... absolutamente tudo. A menina era um tanto depressiva, tendo por vezes relatado crises existenciais a Eric; um dos motivos de crise era justamente o fato de não poder abraçar o seu melhor amigo, o seu amor, visto que moravam longe e não tinham condições de se encontrar. Eles combinaram de se encontrar no ano seguinte (Eric estava juntando dinheiro para vê-la na Espanha). Inesperadamente, o pai da garota sofre uma parada cardíaca e é levado às pressas ao hospital, ficando em estado gravíssimo. Marie, sem condições de relatar a situação a Eric, vai ao hospital e fica lá por dias. Eric preocupa-se com a amada, mas não tem como saber o que houve, apenas enchendo-a de e-mails desesperadamente. O pai de Marie após um mês falece, deixando-a completamente desnorteada. Quando isto ocorre, ela manda um e-mail a Eric (aquele relatado na <a href="http://luannakarina.blogspot.com/2011/08/salve-salve-tem-um-bom-tempo-que-nao.html">postagem anterior</a>) e decide ficar longe de tudo, isolando-se em seu quarto. Completamente entristecida, Marie entra em profunda depressão, cortando partes de seu corpo friamente, sem que ninguém pudesse impedí-la. Eric desespera-se mais ainda ao ler o e-mail deixado por ela e continua enchendo a caixa de entrada da garota, sem êxito de resposta.<br />
<br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCzhc8meAFaemUrVwqZn-T-bAsWHL3nQTUwRLGPiW2Y94WRhTvrlvu1JGJGxGl4rOC4RxqnlQ1rlQiunvJzSYdcN9TGIQPmenteU1R-CwWiDxIh7BxNFrZ4m663J64NZ9Bzf36pFWvaP8/s1600/barra14.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCzhc8meAFaemUrVwqZn-T-bAsWHL3nQTUwRLGPiW2Y94WRhTvrlvu1JGJGxGl4rOC4RxqnlQ1rlQiunvJzSYdcN9TGIQPmenteU1R-CwWiDxIh7BxNFrZ4m663J64NZ9Bzf36pFWvaP8/s1600/barra14.gif" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Bom, pessoal, vou deixá-los um tanto curiosos com o final dessa estória... Se quiserem, podem opinar: O que vocês acham que Eric deve fazer? Procurar a garota na Espanha ou simplesmente deixá-la para trás?</div><div style="text-align: justify;">O fim só postarei depois, aguardem...</div>Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-67118604811974088852011-08-07T22:26:00.010-03:002011-08-14T12:53:39.116-03:00Sobre as coisas que não se quer sentir<div style="text-align: justify;">Salve, salve! Tem um bom tempo que não posto aqui, por motivos óbvios e já conhecidos por muitos. Ontem eu pretendia fazer uma postagem legal e bem elaborada, mas vi que o layout já estava enjoativo aqui no blog e que eu precisava trocar. Passei umas boas horas só testando temas, vendo o que mais se adequava ao blog, até que achei o que aí está; contudo, este lindo tema (pelo menos eu curti, e vocês?) estava cheio de coisas desnecessárias e necessitando de configurações pessoais. Enquanto estava só nos elementos e gadget estava ótimo, mas logo depois tive que mexer com html... quem tem blog sabe o quanto é chato e complicado manusear html. Mexi, remexi, consegui consertar alguns erros mas outros persistiram; o resultado foi esse aí que vocês viram: linkbar fail e uma parte da blog-pager mal configurada (aí é coisa do tema mesmo, porque o html já veio com a configuração errada), então considerem meu esforço. Enfim, como tudo isto ocorreu pra ocupar meu tempo, me resta pouco dele e vou transpor uma coisa que escrevi aqui.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3DTJuoqgplZXxQCqdloaeMQdFlZO-PFmvZf-1Sz1OQhwIQEjbJboukkYnzpU2XDC0XEF-QWvFWXbJLJyBAa8yxYIdslb9V9jhJ0CxQ0qZ4WJg7DH8Jo88Rq_74o_KAzIK_gGkEMILbbE/s1600/barra7+%25281%2529.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="16" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3DTJuoqgplZXxQCqdloaeMQdFlZO-PFmvZf-1Sz1OQhwIQEjbJboukkYnzpU2XDC0XEF-QWvFWXbJLJyBAa8yxYIdslb9V9jhJ0CxQ0qZ4WJg7DH8Jo88Rq_74o_KAzIK_gGkEMILbbE/s200/barra7+%25281%2529.gif" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i>Querido Eric</i>, escrevo essas palavras impensadas e mal selecionadas meio sem querer. Perdoe-me por te mandar este e-mail a esta hora da noite, é que não pude aguentar! Perdoe-me de verdade, mas precisava desabafar contigo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><div style="text-align: justify;">E o meu disfarce é óbvio. É minha maneira de esconder a dor, é a minha maneira de esconder quem realmente sou, o que realmente sinto; tudo parece desconexo e se eu parar pra desabafar a alguém, parecerei louca, não parecerei “eu”. O desespero da alma é tão grande que sinto que ninguém me conhece... por mais que eu tente ser sincera. A verdade é que por mais verdadeira que eu seja, jamais serei transparente! Não consigo vomitar minhas ânsias, minhas mágoas, meus sentimentos. O motivo de tanta reclusão é minha clara impotência, o fracasso de não conseguir pedir ajuda; doi demais gritar em silêncio, mas sempre sinto que não sou nem serei ouvida se gritar acima de 80 decibeis, em último caso. É estranho sentir tanta dor, tanto vazio e não conseguir dividir com alguém, como se isso tornasse tudo gélido e frágil. É estranho se machucar com alguém que ama e não ter coragem de admitir para o outro. É estranho querer alguém e fingir que não quer, até pra si mesmo. É estranho pensar que não precisa de ninguém, quando é exatamente o contrário. É estranho querer chorar e simplesmente forçar um riso. É estranho se sentir estranho em um lugar e mesmo assim permanecer nele. É estranho se sentir fraco demais e não bambear nem cair. É estranho... tudo é estranho. Eu sou estranha. Será que podes <i>me salvar</i>? Será que podes me livrar <i>de mim mesma</i>?</div><div style="text-align: justify;"> Com amor e tristeza, Marie.</div></div>Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-89585375252341095752011-07-16T09:46:00.002-03:002012-10-12T02:20:50.539-03:00Desabafos de uma adolescente do século XXI<div style="text-align: justify;">
"O mundo está ao contrário e ninguém reparou...": Totalmente verdade; concordo em gênero, número e grau. Esta passagem de Nando Reis me chama muito a atenção, por ser tão simples e tanto dizer acerca de nossas vidas atualmente. Se observarmos o mundo no qual estamos vivendo, apenas um pequeno grupo de pessoas (é, pasmem) diria que está indo de mal a pior; e desse pequeno grupo, apenas uma minúscula parte tenta fazer algo para mudar. O pensamento do restante é algo como: "Ora, se o mundo está como está, como poderia eu sozinho modificar isso? Vou ficar aqui, parado, sendo conivente com tudo o que estão fazendo. Nada além disso posso fazer". Garanto que este é o pensamento dessas pessoas, e talvez até o meu (seria hipocrisia não admitir, né?!). </div>
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A pergunta que me faço é: <i>Onde vamos parar? </i></div>
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Não sei se alguém pode me responder.</div>
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<div style="text-align: justify;">
É tanta maldade, egoísmo, ganância, soberba, futilidade, miséria, alienação, ignorância... Isso chega a me dar arrepio! E claro, me faz sentir <b>repulsa</b> do ser humano. Hoje a vida não é mais valorizada - afinal, estão matando pessoas com a facilidade com a qual se mata moscas -, as pessoas só se importam consigo mesmas, os cabelos e as maquiagens felicitam mais do que fazer o bem... Amor? Só se for o amor-próprio e o amor ao dinheiro! O mercado do futuro? Pornografia, álcool, drogas e cosméticos. E não falo de um futuro muito distante, não; este futuro já está bastante presente.</div>
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<div style="text-align: justify;">
Que mundo é esse que mulheres que vendem o corpo ganham muito mais do que mulheres que têm um trabalho digno? Que mundo é esse que se admira mais mulheres cheias de silicone, botox e outras futilidades do que mulheres inteligentes e generosas? Que mundo é esse que só é justo com os ricos e impiedoso com os pobres? Me respondam, por favor, que mundo é esse??</div>
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<div style="text-align: justify;">
A cada dia que passa se destroi mais o ser humano e o meio ambiente e se valoriza mais o dinheiro, o sexo e as drogas. Se vê maldade a todo tempo, e a tecnologia é a "esperança" de um mundo melhor... Trabalhar para quê, se as máquinas podem fazê-lo? Máquinas que tiram o trabalho de um pai de família para enriquecer ainda mais o estúpido e cruel dono delas. </div>
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<div style="text-align: justify;">
Novelas mostrando luxo, artistas se entupindo de drogas por não terem mais o que fazer consigo mesmas nem com o dinheiro, enquanto crianças se drogam nas ruas por falta de dinheiro, apenas para sobreviver. Enquanto a criança bonita e branca da novela sorri, a criança da favela chora. Enquanto uma adolescente classe média se desespera por não ir a uma balada, uma criança se desespera por estar apanhando de exploradores, ou por ter fome e nada para comer. Enquanto você assiste a um filme violento e ri, milhares de pessoas vivem a violência e choram. Enquanto uma mulher esbanja vestidos luxuosos que valem mais do que um pobre digno recebe em 1 ano (ou até mais!), uma mulher de rua busca roupas jogadas fora ou até mesmo lençois rasgados para se vestir. Pare e pense no quão desumano isso é. </div>
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Isso sem falar no Big Brother Brasil e A Fazenda, né? Assistir ao BBB é ser feito de idiota, é não se dar conta de que quase todas as mulheres bonitas colocadas ali são para dar audiência e quando saírem posarão nuas, provando o "talento" que a Globo procura. Claro, é isso que atrai audiência, né? Polêmica, briga, mulheres semi-nuas, sexo, drogas, e outras coisas do tipo. </div>
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No tal do A Fazenda o objetivo é quase o mesmo. Na edição 4 soube que participarão Bruna surfistinha e Valesca popozuda. Quer dizer, qual o objetivo de colocar duas mulheres que se sentem artistas (uma por ter escrito um livro sobre sua "doce" prostituição e a outra por ter uma voz ridícula e "cantar", incentivando mulher a trair, fazer sexo, etc e etc)? O objetivo é ganhar audiência, visto que, como eu já disse, é isso mesmo "que o povo gosta". <b>Quanta ignorância, quanta inversão de valores.</b></div>
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<div style="text-align: justify;">
Ah, e aquela nova novela "O astro"? Pode ter uma história muito boa, e eu não sei nem vou saber pois não pretendo assistir, mas de cara já provou que veio para mostrar pornografia mesmo. Já imaginava isso quando a puseram no horário das 23h, mas a pergunta que me faço é por que a Globo incentiva tanto isso, quando deveria frear... Eu já relatei que é porque dá audiência, mas ainda assim me custa acreditar que a apelação reina na mídia.</div>
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Se eu parar para falar sobre todos os absurdos que estamos vivenciando, não sairia daqui. Mas creio que já consegui desabafar e expor meu ponto de vista. Agora vamos lá, refletir um pouco. Acho que este texto será inútil mesmo, mas não custa tentar, nem "vomitar" minhas verdades.</div>
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Um abraço, e até a próxima! </div>
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Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-2381250444484069412011-07-01T15:51:00.003-03:002011-07-01T16:05:40.158-03:00A voz brilhante de Maddi Jane<div style="text-align: justify;">É, pessoal, olha quem resolveu postar nesse primeiro dia do mês! hehe'</div><div style="text-align: justify;">Passei uns três dias sem postar (eu acho) porque houveram uns contra-tempos: sempre que eu pensava em postar algo acontecia, ou então a conversa nos msn's ficava boa... E aí fui adiando. Tenho diversas coisas para dissertar, mas tudo aos poucos, não é mesmo? Vim para postar algo legal e um tanto polêmico, como disse no último post, e me deparo com um vídeo de uma garotinha chamada Maddi Jane. Tive que deixar o outro assunto um pouco de lado.</div><div style="text-align: justify;">Uma menina havia postando um vídeo dela numa comunidade do orkut com a frase "A melhor voz que já ouvi em minha vida". Com uma declaração dessas, quem não ficaria curioso?! Como eu nem sou curiosa <strike>mentira deslavada</strike>, pus o vídeo para carregar e quando escutei me surpreendi: a voz dela é simplesmente divina! Escutei a tal música e vi outras nos vídeos relacionados, correndo para vê-los também; nos outros ela também canta perfeitamente, com uma afinação de dar inveja a qualquer um! Fui para a internet pesquisar sua idade e para minha surpresa essa abençoada tem apenas 12 anos, apesar da voz de "gente grande". Na internet se acham várias comparações entre ela e Rebecca Black (a menina do "Friday") e até entre ela e Justin Bieber; alguns colocam Maddi no auge e Rebecca no chão, e o mesmo com Justin. Tudo bem que Rebecca não canta bem e acabou sendo exposta ao ridículo, entretanto a mesma é muito jovem ainda e não merece ouvir nem ler tudo que disseram sobre ela. Mas tudo bem, nosso assunto não é esse, então deixa quieto, meu foco é no talento genial que essa menina tem. Para os curiosos demais - como eu - o site oficial dela encontra-se <a href="http://www.maddijane.com/">aqui</a>.</div><div style="text-align: justify;">Lá você poderá escolher em qual rede social quer visitá-la, e pode encontrar músicas, vídeos e informações adicionais sobre a garota. Na minha singela opinião, ela merece muitos elogios, e que sua carreira seja brilhante. Só espero que ela saiba lidar com tudo isso, já que é tão nova. Então é isso, estou na torcida por ela, e vocês? Seguem abaixo os dois vídeos que mais me deixaram arrepiada, realmente me encantaram. </div><br />
<b>Rolling in the deep</b>:<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/lMrCW07XBS8?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><b>Price Tag:</b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/7oBQnIumBRY?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-84456426193092442712011-06-26T23:37:00.001-03:002011-06-27T01:52:13.829-03:00Denúncia - Abuso infantil explícitoGente, ia fazer uma postagem hoje sobre um assunto um tanto polêmico, porém não muito importante, até que vi numa comunidade uma denúncia. E percebi que era urgente denunciar, divulgar para pedir que outras pessoas denunciem e tentar fazer justiça contra esse "ser humano (?)". O ocorrido foi que um monstro criou um blog cujo objetivo é mostrá-lo abusando de crianças.É tudo muito nojento e explícito, só vê quem tiver sangue frio, ou coragem suficiente. Não consigo nem descrever o que senti vendo tudo aquilo! É uma monstruosidade imensa e sem fim, chega até a ser inacreditável. Isso traz à tona não só o abuso sexual infantil como também o ponto a que esses seres são capazes de chegar, demonstrando orgulho em mostrar a crueldade que fazem. Sinceramente, espero que ele pague por tudo o que fez a essa e provavelmente outras crianças. Peço <b>urgentemente</b> para quem tiver acesso ao blog que denuncie, e ajude a colocá-lo na cadeia, onde é seu lugar e ainda é pouco.Eu havia divulgado o endereço do blog há pouco tempo, mas descobri que não se deve divulgar pornografia infantil, mesmo com a intenção de denúncia, portanto retirei o mesmo. Situações como essa só mostram o quão algumas pessoas não merecem nem ao menos viver, e é algo que ainda choca a sociedade. Por ainda me encontrar num estado de choque, não vou me estender no assunto, quem sabe quando eu me recuperar. Obrigada a todos que denunciaram, isso é muito importante. Fiquem à vontade pra qualquer coisa. Ah, é bom que reflitamos sobre esse assunto, visto que ele reabre portas já esquecidas por nós. Por hoje é só, e eu sinto muito por ter que colocar uma coisa tão cruel aqui.Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-31060274619264618412011-06-26T12:47:00.001-03:002011-06-26T23:23:49.203-03:00Aventuras e histórias de São JoãoÉ, acho que o título da postagem já diz tudo. Vou contar um pouco do meu São João pra vocês, sem nenhum intuito muito especial senão o de "um pouco de conhecimento a mais" sobre mim. Divirtam-se - ou não, né.<br />
23 de Junho, quinta-feira de manhã. Arrumo a mochila com ajuda de minha mãe, faço o necessário e saímos para uma viagem de quase três dias. No dia anterior tinha participado de uma torre (um evento evangélico que ocorre na casa de um dos irmãos) a pedido de um colega meu, dia em que meu pai, irmã e cunhado viajavam para Conceição de Feira. Não fui para não deixar minha mãe sozinha, sendo que ela temia deixar nossas cachorrinhas sozinhas. Por isso fomos para Mata de São João (tudo a ver com são joão, sacou? haha) ficar poucos dias, só para não passar em branco. Já de início tivemos que andar um pouco mais para pagar umas contas, então aproveitei para explorá-la e pedir chocolate pra viagem - acabei faturando refrigerante e batatas fritas também. Quando o ônibus de viagem chegou, já estava cheio e fui em pé, tendo que dar adeus ao passatempo da viagem <strike>leia música e lanches</strike> e me segurar; logo o ônibus ficou tão cheio que mal dava para se mover, mas eu estava tão tranquila que nem me incomodei. Chegando ao destino, o churrasco que minha prima havia prometido nem tinha começado! Fui logo comer alguma besteira e conversar; não estavam conseguindo colocar as carnes pra assar direito, foi um belo desastre, mas até que saiu tudo gostoso. Passei o resto da tarde comendo e assistindo qualquer coisa. Pela noite meu primo chegou lá bêbado me chamando para ir à festa da cidade com ele, já que ia ter show de Calcinha Preta; fiquei com receio, mas sabia que ele não me deixaria na mão, então me arrumei para ir. Chamamos os rapazes da moto táxi e fomos. Um pequeno grande detalhe é que os motoqueiros estavam sem capacete pra acompanhante, e como tava tendo blitz, tivemos que pegar um atalho cheio de buracos e terra... foi super emocionante, sério. Ao chegar na festa, tivemos que esperar o marido de minha prima chegar; enquanto isso, meu primo resolveu se meter em briga alheia e ficou xingando os guardas municipais... E eu lá tendo que aguentar "o peso da bebida" e não deixá-lo brigar, empurrando ele pra dentro da festa logo. Foi engraçado, confesso. Quando finalmente entramos a banda não tinha começado a tocar, e fomos beber alguma coisa. Meu primo me ofereceu um tal de "daikiri", e realmente era uma bebida bem gostosa. Bebi pra tentar me animar, e consegui! - <strike>por uns dez minutos</strike>. A banda começou e o povo se animou; fomos para mais perto do palco e foi aí que virei um iôiô: meu primo me puxava pra dançar numa música, o marido de minha prima me puxava noutra. Acabado meu lapso de ânimo, comecei a sentir um sono fortíssimo; passeamos pelo show e eu me sentia tonta vendo tanta gente, quase fechando os olhos - sensação emocionante, pode crer. Como os meninos não queriam ir embora, meu primo mandou um amigo me levar de moto pra casa; fui praticamente dormindo, e ele em alta velocidade, até que para aumentar meu sofrimento começou a chover. Os pingos d'água pareciam pedras caindo em meu rosto, e ah, doía... Mas foi por pouco tempo. Entrei, fiz o que tinha que fazer e dormi; muriçocas me atacavam, o frio me atacava com vigor maior, mas eu resisti. No dia seguinte só o que fiz foi comer. Comer e dormir. Comer, dormir e assistir. Foi um dia de paz, onde pensei bastante no blog, nos estudos, na vida... Me senti - e sinto - tão desligada de diversão... Ando me divertindo com coisas simples, não ando anseando festas, agito, pelo contrário; quero tranquilidade, quero conhecimento, quero escrever. Pensei em mil coisas pra postar por aqui, estou cheia de projetos e planos que vou tentando pôr em prática aos poucos. Enfim... uma coisa muito legal é que descobri só agora que um dos meus seriados favoritos - Gossip Girl - está passando no canal glitz. De noite meu primo me chamou pra ir à festa de novo, mas dessa vez não quis ir mesmo, ia acontecer o mesmo que no dia anterior... Então comi mais coisas juninas e assisti com as mulheres. Assisti lá pras 23h um filme bobo com Kristen e o carinha que fez o filme do "Facebook", cujo nome esqueci; o filme chama-se "Férias frustradas de verão" e fala somente em sexo e drogas, sem ter nada a acrescentar na vida de alguém. No sábado estava tudo preparado para vir embora; mais conversa, mais comida, mais risadas... Até dar o horário de vir embora. A cidade estava bastante vazia, o trânsito livre, tudo lindo. Ao chegar em casa vimos que as cachorras estavam super bem - o que foi uma alegria bem grande - e então eu me toquei: o São João havia acabado. Só o que restou foram as lembranças desses dias tão legais (pra mim, pelo menos), e a paz de estar em casa outra vez.Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-65148169877385597502011-06-21T12:03:00.002-03:002011-06-21T12:24:09.349-03:00Chá, biscoitos & poesia<div style="text-align: justify;">Era uma tarde de novembro. Charles fora a um café próximo de sua casa para escrever e refletir um pouco sobre sua vida. No trajeto, acendeu um cigarro e comprou um jornal do dia. Ao entrar no café, pediu seu chá com biscoitos de sempre e sentou-se; só então observou a moça que estava sentada à mesa ao lado: estava lendo um romance com lágrimas nos olhos, bebericando chá e comendo biscoitos. Aquela cena chamou a atenção de Charles, e ele então chamou-a para sentar-se ao seu lado. A moça, surpresa, aceitou o convite. Os dois engataram uma conversa divertida, pois perceberam que só o que tinham comum era o gosto pelo chá, pelos biscoitos e pela escrita. Ambos costumavam escrever apenas daquela forma, mas nem mesmo sabiam se era só costume ou lhes evocava inspiração. Charles era o típico rapaz de classe média-alta, que não se importava em trabalhar, estudar, pois tinha uma vida sustentada pelos pais e por seus vícios; seu lema era: <i>sexo, drogas & rock'n roll</i>. Já Lorrane era a típica menina boazinha de classe média-baixa: super romântica, comportada, solidária e séria. Ou seja, aqueles dois indivíduos tão <u>apaixonados</u> pela escrita divergiam completamente em todo o resto: gosto musical, lugares (exceto aquele café), influências, estilo de vida e tudo o mais. Entretanto, o mais incrível é que a conversa dos dois fluiu excepcionalmente bem, tanto que se passaram horas e eles nem perceberam. Riam muito, apontavam os defeitos do outro e até esqueceram do propósito de estarem ali: escrever. Lorrane questionava os gostos de Charles; perguntava porque ele bebia tanto, porque gostava de transar com desconhecidas, porque se drogava e porque não levava nada a sério. Para ela, não fazia sentido nada daquilo, pois são vícios auto destrutivos.</div>- Pra que levar a vida tão a sério? O que se leva dessa vida é a vida que se leva. Eu posso morrer quando sair daqui, sem ter me divertido nem um pouco, Ane! - rebatia Charles.<br />
- Isso é verdade. - sorria Lorrane.<br />
Em contraponto, ele questionava o porquê de ela agir tão certinho, esperar "o cara certo" pra transar, querer ajudar todo mundo sem visar retorno, ser tão idealista sobre o mundo.<br />
- Tudo deve ser feito em prol do outro. Não gosto de ser individualista quando posso levar alegria a algumas pessoas... Quanto ao cara certo, não pretendo ser chamada de prostituta por ninguém. - respondeu Lorrane.<br />
A conversa se seguia, e ele a olhava com um brilho intenso, admirava-a, encantado. O mesmo acontecia com ela: admirava-o enebriada, apaixonada. Depois de um bom tempo de conversa, Lorrane teve que ir embora. Charles queria acompanhá-la, mas a menina estava atrasada para o encontro com as crianças carentes e saiu correndo, sem deixar nenhum modo de contato.<br />
No dia seguinte, a menina foi ao mesmo café tentar desculpar-se com Charles, mas não o encontrou. Ficou sem saber o que fazer, então resolveu tentar no outro dia. Fora uns cinco dias seguidos tentar encontrá-lo, sem sucesso, então ela desistiu. Sete anos se passaram, Lorrane já tinha 25 anos e Charles, 27.<br />
Até que encontraram-se num outro café, praticamente irreconhecíveis um para o outro. Lorrane, a garota certinha de sete anos atrás, vestia uma jaqueta de couro, tinha piercings pelo corpo, algumas tatuagens e um estilo bem "punk". Já Charles, o inconsequente dos mesmos sete anos atrás, vestia camisa social, estava barbeado e perfumado, com aparência de um típico "mauricinho". O espanto dos dois não foi pequeno, e pode-se imaginar o motivo. Boquiabertos, eles se abraçaram e indagaram, atônitos: - Mas o que houve com você??<br />
Então sentaram-se e quando o garçom veio, pediram o mesmo chá com biscoitos - o que significava que ao menos algo ali não mudara. Enquanto o pedido não vinha, Lorrane começou a se explicar:<br />
- Charles, eu realmente segui seus conselhos. Mudei bastante, é verdade... Percebi que precisava aproveitar a vida, pois estava me dedicando a todos, menos a mim mesma! Ah, e por onde você andou nesses últimos anos? Te procurei no dia seguinte àquele, para me desculpar pela pressa, mas não te encontrei mais...<br />
- Já comigo aconteceu o contrário. Parei de ir àquele café porque suas palavras me tocaram. Percebi que eu precisava parar de me importar apenas comigo, e comecei a me envolver com ONG's, trabalhos comunitários, além de mudar completamente meu gosto musical, meu estilo de roupas e meu estilo de vida. Larguei as drogas, a vida sexual banalizada e passei a ouvir mpb. <br />
- Uau! Incrível, nem posso acreditar! Parou de escrever?<br />
- Não, isso nunca! E você?<br />
- Também não... Ao menos nossos três gostos em comum permaneceram intactos!<br />
Antes de continuar a conversa, eles trocaram números de telefone, para que nunca mais perdessem o contato outra vez. Então os agora adultos conversaram por mais horas e horas, como da última vez... Foram risos, críticas bem humoradas, e toda aquela magia de sempre, que os conectava de forma surreal. E eles continuaram a se encontrar nos dias que se seguiram, conversando, escrevendo e trocando farpas de brincadeira.<br />
<b>Ele a olhava com o mesmo encanto de sete anos atrás. Ela o olhava com o mesmo encanto de sete anos atrás.</b> Era engraçado perceber que ele não a amou anos atrás por ela ser politicamente correta, visto que a amava mesmo como uma punk; e tampouco ela o amou por ele ser um maluco inconsequente, visto que agora ela o admirava tanto quanto antes, mesmo ele sendo "certinho". O que, então, conectava tão fortemente aqueles dois? <i>Seria o chá, os biscoitos e a poesia?</i> E mais... Até quando eles seriam tão opostos, tão "positivo e negativo"? São mistérios que talvez nunca se desvendem. Eles brincavam, brigavam, não tinham quase nada a ver. Mas se amaram, mas se amavam. Ah, que sentimento..! <b>São formas de amor, são formas de amar.</b>Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-78119947227405795032011-06-04T20:10:00.001-03:002011-06-04T22:40:06.269-03:00Legalização da maconha - dizer "sim" ou "não"?Bom, como prometido, cá estou eu para falar um pouco sobre esse assunto tão polêmico e amplo.<br />
A maconha é uma droga psicoativa derivada da planta Cannabis, conhecida também como marijuana. É bastante utilizada pelos rastafaris (por tradição e religião), mas vem ganhando espaço cada vez mais significativo entre os jovens - e esse é o ponto preocupante. Muito se discute acerca do assunto, e a partir daí começaram a circular informações equivocadas e/ou utópicas para defender seu uso.<br />
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<i>"Com a legalização da maconha, o tráfico iria diminuir, visto que não se faria necessário comprá-la nas mãos de traficantes"</i>: essa é uma frase que sempre ouço em meio a essas discussões, e a mesma mostra-se completamente errônea. O tráfico de drogas existe e é realmente vigente o número de compradores da maconha; porém, se o traficante não vender a maconha, ele vai continuar vendendo TODAS as outras drogas, então se queremos acabar com o tráfico assim, só liberando todas essas, de fato.<br />
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<i>"A violência iria diminuir, porque os usuários não deveriam mais aos traficantes, e consequentemente, haveria menos mortes"</i>: afirmação que vai pela mesma vertente. Enquanto houver droga ilícita, haverá tráfico.<br />
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<i>"Álcool e cigarro são drogas piores do que a maconha"</i>: sim, já foi comprovado que os efeitos causados pelo álcool e cigarro são mais devastadores. Ok, mas não estamos falando apenas de efeito momentâneo, e sim de efeito gradativo - imagina-se que, legalizando, se faça uso da droga rotineiramente, e não apenas "de vez em quando". O álcool deixa a pessoa fora de si enquanto age (excluindo casos de dependência); o cigarro causa câncer pulmonar; e a maconha? Claro que usando-a frequentemente ela traz efeitos irreversíveis! Ontem mesmo eu estava assitindo à novela "O clone" e Lobato (Osmar Prado), ex-dependente da droga na novela, afirma que o uso da maconha é preocupante sim, pois a mesma desconstroi aos poucos a personalidade do usuário. Isso me lembrou um vídeo que vi uma vez de um rapaz apelando para o não-uso da droga, pois o mesmo afirmava que sua amiga que era inteligentíssima, por aumentar a frequência de utilização da droga, passou a mostrar-se dispersa e perdeu toda a sua essência, a sua personalidade.<br />
<b>Então, por que defender algo que destroi gradativamente as pessoas?</b><br />
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<i>"Com a liberação, as pessoas perderão a vontade de utilizar a droga"</i>: isso pra mim não passa de um mito, e faria efeito contrário! Tudo bem que a juventude é movida pela curiosidade do proibido, mas com a liberação, pessoas 'politicamente corretas', que têm medo das consequências do proibido, não terão nenhum peso na consciência, visto que ninguém poderá condená-las. É só ir um pouco mais além: liberando a droga, vai ter usuário a torto e a direito, e não é muito difícil imaginar que crianças inocentes, que nada sabem sobre isso, irão acabar por utilizar a droga; mesmo que muitas já utilizem por motivos diversos, com toda certeza esse número iria crescer. Ah, e aquele argumento de que só se manteria usuário quem realmente gostasse é completamente equivocado também. Cara, a maconha torna-se um vício! Logo, sendo liberada muitos começarão a fazer uso rotineiro!<br />
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<i>"A maconha é uma erva natural. Que mal faria, sendo assim?"</i>: Ok, erva natural. E quantas ervas naturais que trazem efeitos venenosos e até mortais nós temos? Sendo assim, vamos relaxar com chás venenosos e morrer, Deus não castiga porque é natural. Faça-me o favor, né, argumento muito fraco esse. Por mais que seja uma planta, seus efeitos no organismo são fortes e desestruturantes, então não se faz correto o uso.<br />
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<i>"O governo gastaria menos com fiscalização do consumo e do tráfico"</i>: nem vou discutir muito aqui, porque já está claro que é o mesmo que dizer que a violência diminuiria. Vi até algum cidadão comentar que o governo poderia investir mais em outras coisas, se não investisse no combate às drogas. Acho que esse indivíduo não sabe que o governo tem muito dinheiro, mas investe em seus próprios interesses.<br />
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Pesquisando um pouco, descobri que passaram a tornar a maconha ilícita pelo preconceito contra negros, mexicanos, árabes e chineses, no século XX. Seria válido para mim se eu não soubesse que a sociedade quer afundar o indivíduo. Ora, uma sociedade que permite o uso do certos entorpecentes sabendo o mal que causam (não só ao indivíduo, como a outros também), não quer de fato o bem geral. De toda forma, chega a ser ridículo o argumento "ou libera tudo ou não libera nada". Se está assim, deixa assim. Melhor estagnar do que piorar, já que não se busca consertar.<br />
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Se na Holanda, por exemplo, seu uso é legal, é porque as pessoas lá devem ser conscientes, coisa que os brasileiros NÃO são. Logo, não queiramos comparar a estrutura psicológica e educacional existentes nos países que a mantêm legalizada. Para concluir, deixo claro que sou contra a utilização da maconha seja em qualquer parte do mundo ou sob qualquer circunstância, principalmente no nosso país. Temos sim livre arbítrio, podemos sim fazer nossas próprias escolhas, <b>mas não quando estas podem trazer consequências irreversíveis para outra pessoa.</b>Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-15218575390708675532011-04-03T20:53:00.005-03:002011-04-04T17:38:22.767-03:00About... Pause break e carta do Kurt Cobain<div style="text-align: justify;">Então, feita mais uma postagem depois de um longo período de tempo sem postar nada. O 3° ano realmente está corrido, e existem outros fatores que me impedem de estar constantemente postando. O conto abaixo eu considerei um pouco pesado, então quem não curte contos de suicídio eu não recomendo que leia, até porque me baseei num fato real. Postei a pedidos, do Andrézinho mt meu e do Marco bobo limd s2</div><div style="text-align: justify;">Pretendo regular minhas postagens, porém vai levar um tempinho até que eu possa me adaptar com a nova rotina de estudar todos os dias, etc e tal. Mas hein, que saudade eu estava de escrever aqui *-*</div><div style="text-align: justify;">Bom, como eu disse, o conto "Esquecido pela própria morte" foi baseado num fato real, que foi a carta do Kurt Cobain; ele a escreveu pouco antes de se suicidar. Pode ser realmente chocante, mas eu achei também interessante, então para os interessados, segue a carta do Kurt:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">"Falando como um simplório experiente que obviamente preferiria ser um efeminado, infantil e chorão. Este bilhete deve ser fácil de entender. Todas as advertências dadas nas aulas de punk rock ao longo dos anos, desde minha primeira introdução a, digamos assim, ética envolvendo independência e o abraçar de sua comunidade, provaram ser verdadeiras. Há muitos anos eu não venho sentindo excitação ao ouvir ou fazer música, bem como ao ler ou escrever. Minha culpa por isso é indescritível em palavras. Por exemplo, quando estou atrás do palco, as luzes se apagam e o ruído ensandecido da multidão começa, nada me afeta do jeito que afetava Freddie Mercury, que costumava amar, se deliciar com o amor e adoração da multidão - o que é uma coisa que totalmente admiro e invejo. O fato é que não consigo enganar vocês, nenhum de vocês. Simplesmente não é justo para vocês e para mim. O pior crime que posso imaginar seria enganar as pessoas sendo falso e fingindo que estou me divertindo 100 por cento. Às vezes acho que eu deveria acionar um despertador antes de entrar no palco. Tentei tudo que está em meus poderes para gostar disso (e eu gosto, Deus, acreditem-me, eu gosto, mas não o suficiente). Me agrada o fato de que eu e nós atingimos e divertimos uma porção de gente. Devo ser um daqueles narcisitas que só dão valor as coisas quando elas se vão. Eu sou sensível demais. Preciso ficar um pouco dormente para ter de volta o entusiasmo que tinha quando criança. Em nossas últimas três turnês, tive um reconhecimento por parte de todas as pessoas que conheci pessoalmente e dos fãs de nossa música, mas eu ainda não consigo superar a frustração, a culpa e a empatia que tenho por todos. Existe o bom em todos nós e acho que eu simplesmente amo as pessoas demais, tanto que chego a me sentir mal. O triste, sensível, insatisfeito, pisciano, pequeno homem de Jesus. Por que você simplesmente não aproveita? Eu não sei! Tenho uma esposa que é uma deusa, que transpira ambição e empatia e uma filha que me lembra demais de como eu costumava ser, cheio de amor e alegria, beijando todo mundo que encontra porque todo mundo é bom e não vai fazer mal a ela. Isto me aterroriza a ponto de eu mal conseguir funcionar. Mal posso suportar a ideia de Frances se tornando o triste, autodestrutivo e mórbido roqueiro que virei. Eu tive muito, muito mesmo, e sou grato por isso, mas desde os sete anos de idade passei a ter ódio de todos os humanos em geral. Apenas porque parece muito fácil se relacionar e ter empatia. Apenas porque eu amo e sinto demais por todas as pessoas, eu acho. Obrigado do fundo de meu nauseado estômago queimando por suas cartas e sua preocupação ao longo dos anos. Eu sou mesmo um bebê errático e triste! Não tenho mais a paixão, então lembrem, é melhor queimar do que se apagar aos poucos. Paz, Amor, Empatia.</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div><div class="western" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Kurt Cobain</div><div class="western" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Frances e Courtney, estarei em seu altar. Por favor, vá em frente, Courtney, por Frances. Pela vida dela, que vai ser tão mais feliz sem mim. EU TE AMO, EU TE AMO."</div>Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-62037599430236017932011-04-03T20:38:00.001-03:002011-04-03T20:43:57.185-03:00Esquecido pela própria morte<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Era apenas uma noite fria desatada em choros; os gritos ecoavam pelo vazio, eram agonizantes e graves. Tudo isso em meio a uma floresta negra, com enormes árvores cercando o lugar que tanto amedrontava. Sentado entre a lama e uma cabana, estava o garoto que fazia o silêncio se romper; além dele, só se ouviam os ruídos de galhos se movimentando e, em alguns momentos, o vento uivante. Nem animais se via naquele lugar onde o menino se perdera – ou se achara. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O garoto tinha as duas mãos ocupadas: numa estava uma garrafa de vinho e noutra um cigarro, ambos já utilizados; ele estava bêbado, porém as palavras que ouvira momentos antes não o deixavam adormecer, nem sentir sono. Muita coisa aconteceu naquele dia, e desnorteado, o rapaz foi parar naquele lugar deserto que nem fazia ideia de como havia conseguido chegar. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">“Eu odeio você, sua banda idiota, seus amigos infantis, seus fãs psicóticos. Odeio inclusive a mim, por ter estado com você por todo esse tempo. Odeio sua vida dispensável e frustrada, você é apenas mais um sociopata sonhador e idealista. Deixe-me em paz, <i>para sempre.</i>“ Essas foram as palavras proferidas por alguém a quem ele amou desde a infância, que cresceu com ele e sempre havia sido o amor de sua vida – ao menos era o que ele acreditava. Parecia insano que ele realmente tivesse ouvido tudo aquilo, mas ele mesmo acreditava em tudo o que ela dissera: ele se achava tudo aquilo, e tinha uma real e vigente frustração. Sua vida havia se tornado inútil, e ele já não conseguia levar alegria ou sentimento em sua música, pois estava vazio e insuscetível à própria dor. Ele havia perdido o amor pelas pessoas, por tudo o que conquistou... Sem exceções. Por último, perdeu sua amada. <i>De que lhe valia viver?</i> O gosto da emoção já não havia em sua essência, o sorriso que ele estampava era mais falso do que mercadoria informal. Sua vida se resumia ao passado, porque o resto estava morto, toda a sua vida de verdade se apagara, <b>como uma simples chama que até o vento obscurece. </b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Naquele momento estonteante de lembranças, o rapaz tirou um papel do bolso e começou a ler freneticamente;<b> estava certo do que queria fazer</b>, e era o que já queria ter feito desde o início dessa sensação. Após completar a leitura, ele enfiou a mão no outro bolso e puxou uma arma prateada, de calibre desconhecido e disse “Estou indo para perto de ti, querido <i>Kurt Cobain</i>”. A cena que se seguiu foi <u>extremamente</u> dolorosa e violenta: o gatilho da arma foi puxado e rapidamente solto em direção à cabeça, e bastou apenas uma bala para que aquele indivíduo perdesse sua vida. A garrafa de vinho caiu e o vidro se partiu; tudo o que se via naquele lugar era vermelho: o <span class="Apple-style-span" style="color: #cc0000;">vermelho</span> do sangue, o <span class="Apple-style-span" style="color: #cc0000;">vermelho</span> do vinho.</div>Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-4889065534519246572011-02-21T21:41:00.000-03:002011-02-21T21:41:31.598-03:00A dor do fim<div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Amor: um sentimento inexplicável, complexo e estranho. Há quem diga que é um sentimento lindo – esse provavelmente está amando e vivendo feliz com alguém. Porém há quem diga também que é um sentimento doloroso, triste, depressivo... O que diríamos dessa declaração? Creio que concluam que este alguém sofreu por amor.</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">De toda forma, no início de um relacionamento só há espaço para felicidade: o casal demonstra carinho, devota atenção, ouve pacientemente o desabafo do outro, confia segredos, comete loucuras, ri de tudo. Neste momento, o amor é <i>perfeito</i>, os amantes são perfeitos, a vida é linda. Contudo, após um tempo as coisas podem mudar (é bem difícil não existir briga, desavença ou algo do tipo na vida de um casal), e então o que era o paraíso transforma-se num abismo; Em alguns casos, o único jeito que se encontra é o desvencilhamento total. </span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Os dois continuam se amando, mas não há jeito de se entenderem... É aí que entra a parte mais difícil: <b>viver sem o outro</b>. Sorrir sem a pessoa tão amada, se sentir leve, se sentir vivo! As lembranças perturbam, e na verdade, tudo a lembra. Ambos sentem-se rejeitados, não importa quem pôs um fim na relação; ambos fingem para o outro que estão bem, mesmo sabendo que não adianta mentir. Então os dois juram que não irão amar novamente, ou tentam desesperadamente encontrar outro colo, e tudo em vão, afinal ninguém é substituível. Ou melhor: ninguém os fará esquecer do seu amor, pois que é único, inigualável e perfeito até mesmo na imperfeição.<b> Ficar sem aquele alguém é como estar sem você mesmo, é como estar morto, apenas existindo.</b></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Depois que a dor da perda sara, há outra dor que perturba: a do recomeço. É a dor de saber que sua vida está seguindo sem aquele alguém do lado, é a dor de saber que sua vida <i>perdeu a importância</i> na vida do outro, que ele está seguindo bem sem sua companhia. É a dor de saber que aquele beijo não é mais dos dois, que aquele abraço não é mais confortante, que aquele amor não é mais seu. Que seu coração não pertence a ele, que você não pertence a ninguém. </span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">É mais difícil porque não queremos esquecer ou seguir em frente, queremos permanecer com as lembranças, viver do passado! Insensato, porém compreensível. Acreditamos que o amor de alguém é necessário para viver, por isso sofremos, e nos perdemos em outra pessoa... Quando na verdade, <b>nós pertencemos a nós mesmos</b>, e podemos encontrar a felicidade sem depender de alguém. Outros amores virão, e tudo passará novamente, se quisermos, <i>inclusive o amor</i>. </span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">observação: Esse texto foi criado por mim, baseado na obra "A despedida do amor", de Martha Medeiros. O motivo foi uma "competição" de melhor escritor que aconteceu numa comunidade que frequento no fake; Resolvi postar aqui porque achei o texto dela interessante, e as conclusões que tirei estão no texto acima... Uma verdadeira inspiração. </span></div>Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4505505714725580027.post-85051534417460120072011-02-21T21:01:00.000-03:002011-02-21T21:01:29.775-03:00Um mundo esquecido<div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Sozinha. Solitária como um livro velho esquecido na estante, triste como uma criança que se perdeu dos pais; Com a sensação de que há algo perdido dentro de si, algo que a deixa vazia, como se fosse uma dor <i>que já machucou tanto que parou de sangrar</i>... Não por encontrar felicidade, e sim por ter deixado escorrer todo o sangue que ali havia. <b>Era como não ter forças nem ao menos para sentir, muito menos para amar. </b></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">O céu lá fora não parecia ter cor, era apenas um negro que amedrontava, que deixava tudo a sua volta morto, frio e sem o mínimo de alegria... Era como estar em meio a um nada!</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">E ela permanecia naquele lugar sombrio, sem ter idéia de como voltar ao mundo “normal”, sem saber se ainda queria sair mesmo dali; aquele lugar lhe tirara tudo, e agora, de que valia voltar atrás? Todos os seus sonhos e alegrias tinham se esvaído junto com a cor daquele céu, junto com a vida daquele lugar; e só restavam os vestígios de dor... E o vazio.</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">As lágrimas naqueles olhos vermelhos já haviam secado, afinal não havia mais dor, mas a menina ainda contemplava o lugar como se estivesse triste; havia um lago bem próximo dali, e a água era como tudo o mais: morta, gélida, negra. A menina levantara e começara a caminhar, chegando cada vez mais perto do lago, como se quisesse cair naquele abismo.</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Há muito tempo abandonaram-na ali, todas as pessoas que diziam amá-la, todas as pessoas a quem ela verdadeiramente amou... Quando ela mais precisou, ninguém estava ali para ajudá-la! E foi ali que ela começou a se perder, que ela achou que deveria ficar... Só não sabia o quão aquele lugar era <b>doloroso</b> e a faria sangrar das piores formas.</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Aquele lugar trouxe à tona todas as lembranças que ela preferia não ter, todo o <i>amor fingido</i> que lhe davam, toda a felicidade perdida que ela tivera... E viu aquelas pessoas livres, sozinhas, e nem um pouco preocupadas com sua partida! </span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Então a menina havia ido para lá, sofrer sozinha, talvez em busca da verdadeira felicidade; mas era algo que aquele lugar jamais poderia te dar... Porque ali só havia o lado ruim de sua vida, algo que ela não conseguia superar.</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">A garota enfim alcançou o lago negro: seus pés tocaram a superfície gélida da água, e ela nem estremeceu, continuou firme, caminhando por entre as águas, indo cada vez mais fundo... Até que seu corpo todo estava submerso.</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Dali ela podia ver todas as pessoas ao seu redor, e fogo sobre a água; aqueles a quem ela amou estavam queimando, enquanto ela estava afundando... Mas a menina sorria, mesmo sem alegria e sem emoção, <i>ela sorria</i>... E estava afundando cada vez mais, sem nada fazer para se salvar, ela queria afundar; Enquanto o lago a engolia, assim como o lugar fez com sua felicidade e com sua tristeza, ela sorria, <b>e o mundo queimava.</b></span></div>Lua (:http://www.blogger.com/profile/17618189434711526033noreply@blogger.com0