domingo, 3 de abril de 2011

About... Pause break e carta do Kurt Cobain

Então, feita mais uma postagem depois de um longo período de tempo sem postar nada. O 3° ano realmente está corrido, e existem outros fatores que me impedem de estar constantemente postando. O conto abaixo eu considerei um pouco pesado, então quem não curte contos de suicídio eu não recomendo que leia, até porque me baseei num fato real. Postei a pedidos, do Andrézinho mt meu e do Marco bobo limd s2
Pretendo regular minhas postagens, porém vai levar um tempinho até que eu possa me adaptar com a nova rotina de estudar todos os dias, etc e tal. Mas hein, que saudade eu estava de escrever aqui *-*
Bom, como eu disse, o conto "Esquecido pela própria morte" foi baseado num fato real, que foi a carta do Kurt Cobain; ele a escreveu pouco antes de se suicidar. Pode ser realmente chocante, mas eu achei também interessante, então para os interessados, segue a carta do Kurt:

"Falando como um simplório experiente que obviamente preferiria ser um efeminado, infantil e chorão. Este bilhete deve ser fácil de entender. Todas as advertências dadas nas aulas de punk rock ao longo dos anos, desde minha primeira introdução a, digamos assim, ética envolvendo independência e o abraçar de sua comunidade, provaram ser verdadeiras. Há muitos anos eu não venho sentindo excitação ao ouvir ou fazer música, bem como ao ler ou escrever. Minha culpa por isso é indescritível em palavras. Por exemplo, quando estou atrás do palco, as luzes se apagam e o ruído ensandecido da multidão começa, nada me afeta do jeito que afetava Freddie Mercury, que costumava amar, se deliciar com o amor e adoração da multidão - o que é uma coisa que totalmente admiro e invejo. O fato é que não consigo enganar vocês, nenhum de vocês. Simplesmente não é justo para vocês e para mim. O pior crime que posso imaginar seria enganar as pessoas sendo falso e fingindo que estou me divertindo 100 por cento. Às vezes acho que eu deveria acionar um despertador antes de entrar no palco. Tentei tudo que está em meus poderes para gostar disso (e eu gosto, Deus, acreditem-me, eu gosto, mas não o suficiente). Me agrada o fato de que eu e nós atingimos e divertimos uma porção de gente. Devo ser um daqueles narcisitas que só dão valor as coisas quando elas se vão. Eu sou sensível demais. Preciso ficar um pouco dormente para ter de volta o entusiasmo que tinha quando criança. Em nossas últimas três turnês, tive um reconhecimento por parte de todas as pessoas que conheci pessoalmente e dos fãs de nossa música, mas eu ainda não consigo superar a frustração, a culpa e a empatia que tenho por todos. Existe o bom em todos nós e acho que eu simplesmente amo as pessoas demais, tanto que chego a me sentir mal. O triste, sensível, insatisfeito, pisciano, pequeno homem de Jesus. Por que você simplesmente não aproveita? Eu não sei! Tenho uma esposa que é uma deusa, que transpira ambição e empatia e uma filha que me lembra demais de como eu costumava ser, cheio de amor e alegria, beijando todo mundo que encontra porque todo mundo é bom e não vai fazer mal a ela. Isto me aterroriza a ponto de eu mal conseguir funcionar. Mal posso suportar a ideia de Frances se tornando o triste, autodestrutivo e mórbido roqueiro que virei. Eu tive muito, muito mesmo, e sou grato por isso, mas desde os sete anos de idade passei a ter ódio de todos os humanos em geral. Apenas porque parece muito fácil se relacionar e ter empatia. Apenas porque eu amo e sinto demais por todas as pessoas, eu acho. Obrigado do fundo de meu nauseado estômago queimando por suas cartas e sua preocupação ao longo dos anos. Eu sou mesmo um bebê errático e triste! Não tenho mais a paixão, então lembrem, é melhor queimar do que se apagar aos poucos. Paz, Amor, Empatia.
Kurt Cobain

Frances e Courtney, estarei em seu altar. Por favor, vá em frente, Courtney, por Frances. Pela vida dela, que vai ser tão mais feliz sem mim. EU TE AMO, EU TE AMO."

Esquecido pela própria morte

Era apenas uma noite fria desatada em choros; os gritos ecoavam pelo vazio, eram agonizantes e graves. Tudo isso em meio a uma floresta negra, com enormes árvores cercando o lugar que tanto amedrontava. Sentado entre a lama e uma cabana, estava o garoto que fazia o silêncio se romper; além dele, só se ouviam os ruídos de galhos se movimentando e, em alguns momentos, o vento uivante. Nem animais se via naquele lugar onde o menino se perdera – ou se achara.
O garoto tinha as duas mãos ocupadas: numa estava uma garrafa de vinho e noutra um cigarro, ambos já utilizados; ele estava bêbado, porém as palavras que ouvira momentos antes não o deixavam adormecer, nem sentir sono. Muita coisa aconteceu naquele dia, e desnorteado, o rapaz foi parar naquele lugar deserto que nem fazia ideia de como havia conseguido chegar.
“Eu odeio você, sua banda idiota, seus amigos infantis, seus fãs psicóticos. Odeio inclusive a mim, por ter estado com você por todo esse tempo. Odeio sua vida dispensável e frustrada, você é apenas mais um sociopata sonhador e idealista. Deixe-me em paz, para sempre.“ Essas foram as palavras proferidas por alguém a quem ele amou desde a infância, que cresceu com ele e sempre havia sido o amor de sua vida – ao menos era o que ele acreditava. Parecia insano que ele realmente tivesse ouvido tudo aquilo, mas ele mesmo acreditava em tudo o que ela dissera: ele se achava tudo aquilo, e tinha uma real e vigente frustração. Sua vida havia se tornado inútil, e ele já não conseguia levar alegria ou sentimento em sua música, pois estava vazio e insuscetível à própria dor. Ele havia perdido o amor pelas pessoas, por tudo o que conquistou... Sem exceções. Por último, perdeu sua amada. De que lhe valia viver? O gosto da emoção já não havia em sua essência, o sorriso que ele estampava era mais falso do que mercadoria informal. Sua vida se resumia ao passado, porque o resto estava morto, toda a sua vida de verdade se apagara, como uma simples chama que até o vento obscurece.
Naquele momento estonteante de lembranças, o rapaz tirou um papel do bolso e começou a ler freneticamente; estava certo do que queria fazer, e era o que já queria ter feito desde o início dessa sensação. Após completar a leitura, ele enfiou a mão no outro bolso e puxou uma arma prateada, de calibre desconhecido e disse “Estou indo para perto de ti, querido Kurt Cobain”. A cena que se seguiu foi extremamente dolorosa e violenta: o gatilho da arma foi puxado e rapidamente solto em direção à cabeça, e bastou apenas uma bala para que aquele indivíduo perdesse sua vida. A garrafa de vinho caiu e o vidro se partiu; tudo o que se via naquele lugar era vermelho: o vermelho do sangue, o vermelho do vinho.

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Lua (:
Capricorniana, 19 anos, um tanto tímida porém de personalidade forte. Tem pés no chão e paradoxalmente idealiza o mundo e tem um tanto de fé nas pessoas. Adora admirar as coisas simples, e as valoriza muito mais do que as coisas "compradas". É apaixonada pela escrita e não poupa palavras para dar sua opinião. Acredita que palavras têm um poder imensurável; acredita também que pode trazer, assim, um pouco de felicidade às pessoas. Sonhos? Possui muitos, e tenta realizá-los. Dá tudo por seus amigos, luta por sonhos alheios também. Seu grande sonho profissional é cursar psicologia - profissão pela qual é apaixonada desde criança; outros sonhos seus são conhecer os amigos virtuais e viajar pelo mundo. Preza a sinceridade e a generosidade. Gosta de estudar, conhecer, ver. Se sensibiliza com histórias espontâneas, dramáticas e que possuam essência. A magia de um conto, de uma música, lhe dá arrepio. Ah, e tem uma paixão forte por retratar vidas alheias, seja como prosa, seja como poesia.
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Escrever é como uma necessidade, para mim. É um sonho particular levar alegria ou algo de bom para as pessoas. Aqui consigo expressá-los poetica ou até mesmo grosseiramente, mas tudo isso tem um propósito. O que eu desejo é que as pessoas se conscientizem das coisas e que não percam a fé umas nas outras... Tento trazer paz, tento trazer amor, além de reflexão; aqui mesmo, neste cantinho! Pode parecer inútil, mas já é uma grande coisa. Entre, fique à vontade para ler, curtir, criticar e se expressar!

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