sábado, 16 de julho de 2011
Desabafos de uma adolescente do século XXI
"O mundo está ao contrário e ninguém reparou...": Totalmente verdade; concordo em gênero, número e grau. Esta passagem de Nando Reis me chama muito a atenção, por ser tão simples e tanto dizer acerca de nossas vidas atualmente. Se observarmos o mundo no qual estamos vivendo, apenas um pequeno grupo de pessoas (é, pasmem) diria que está indo de mal a pior; e desse pequeno grupo, apenas uma minúscula parte tenta fazer algo para mudar. O pensamento do restante é algo como: "Ora, se o mundo está como está, como poderia eu sozinho modificar isso? Vou ficar aqui, parado, sendo conivente com tudo o que estão fazendo. Nada além disso posso fazer". Garanto que este é o pensamento dessas pessoas, e talvez até o meu (seria hipocrisia não admitir, né?!).
A pergunta que me faço é: Onde vamos parar?
Não sei se alguém pode me responder.
É tanta maldade, egoísmo, ganância, soberba, futilidade, miséria, alienação, ignorância... Isso chega a me dar arrepio! E claro, me faz sentir repulsa do ser humano. Hoje a vida não é mais valorizada - afinal, estão matando pessoas com a facilidade com a qual se mata moscas -, as pessoas só se importam consigo mesmas, os cabelos e as maquiagens felicitam mais do que fazer o bem... Amor? Só se for o amor-próprio e o amor ao dinheiro! O mercado do futuro? Pornografia, álcool, drogas e cosméticos. E não falo de um futuro muito distante, não; este futuro já está bastante presente.
Que mundo é esse que mulheres que vendem o corpo ganham muito mais do que mulheres que têm um trabalho digno? Que mundo é esse que se admira mais mulheres cheias de silicone, botox e outras futilidades do que mulheres inteligentes e generosas? Que mundo é esse que só é justo com os ricos e impiedoso com os pobres? Me respondam, por favor, que mundo é esse??
A cada dia que passa se destroi mais o ser humano e o meio ambiente e se valoriza mais o dinheiro, o sexo e as drogas. Se vê maldade a todo tempo, e a tecnologia é a "esperança" de um mundo melhor... Trabalhar para quê, se as máquinas podem fazê-lo? Máquinas que tiram o trabalho de um pai de família para enriquecer ainda mais o estúpido e cruel dono delas.
Novelas mostrando luxo, artistas se entupindo de drogas por não terem mais o que fazer consigo mesmas nem com o dinheiro, enquanto crianças se drogam nas ruas por falta de dinheiro, apenas para sobreviver. Enquanto a criança bonita e branca da novela sorri, a criança da favela chora. Enquanto uma adolescente classe média se desespera por não ir a uma balada, uma criança se desespera por estar apanhando de exploradores, ou por ter fome e nada para comer. Enquanto você assiste a um filme violento e ri, milhares de pessoas vivem a violência e choram. Enquanto uma mulher esbanja vestidos luxuosos que valem mais do que um pobre digno recebe em 1 ano (ou até mais!), uma mulher de rua busca roupas jogadas fora ou até mesmo lençois rasgados para se vestir. Pare e pense no quão desumano isso é.
Isso sem falar no Big Brother Brasil e A Fazenda, né? Assistir ao BBB é ser feito de idiota, é não se dar conta de que quase todas as mulheres bonitas colocadas ali são para dar audiência e quando saírem posarão nuas, provando o "talento" que a Globo procura. Claro, é isso que atrai audiência, né? Polêmica, briga, mulheres semi-nuas, sexo, drogas, e outras coisas do tipo.
No tal do A Fazenda o objetivo é quase o mesmo. Na edição 4 soube que participarão Bruna surfistinha e Valesca popozuda. Quer dizer, qual o objetivo de colocar duas mulheres que se sentem artistas (uma por ter escrito um livro sobre sua "doce" prostituição e a outra por ter uma voz ridícula e "cantar", incentivando mulher a trair, fazer sexo, etc e etc)? O objetivo é ganhar audiência, visto que, como eu já disse, é isso mesmo "que o povo gosta". Quanta ignorância, quanta inversão de valores.
Ah, e aquela nova novela "O astro"? Pode ter uma história muito boa, e eu não sei nem vou saber pois não pretendo assistir, mas de cara já provou que veio para mostrar pornografia mesmo. Já imaginava isso quando a puseram no horário das 23h, mas a pergunta que me faço é por que a Globo incentiva tanto isso, quando deveria frear... Eu já relatei que é porque dá audiência, mas ainda assim me custa acreditar que a apelação reina na mídia.
Se eu parar para falar sobre todos os absurdos que estamos vivenciando, não sairia daqui. Mas creio que já consegui desabafar e expor meu ponto de vista. Agora vamos lá, refletir um pouco. Acho que este texto será inútil mesmo, mas não custa tentar, nem "vomitar" minhas verdades.
Um abraço, e até a próxima!
sexta-feira, 1 de julho de 2011
A voz brilhante de Maddi Jane
É, pessoal, olha quem resolveu postar nesse primeiro dia do mês! hehe'
Passei uns três dias sem postar (eu acho) porque houveram uns contra-tempos: sempre que eu pensava em postar algo acontecia, ou então a conversa nos msn's ficava boa... E aí fui adiando. Tenho diversas coisas para dissertar, mas tudo aos poucos, não é mesmo? Vim para postar algo legal e um tanto polêmico, como disse no último post, e me deparo com um vídeo de uma garotinha chamada Maddi Jane. Tive que deixar o outro assunto um pouco de lado.
Uma menina havia postando um vídeo dela numa comunidade do orkut com a frase "A melhor voz que já ouvi em minha vida". Com uma declaração dessas, quem não ficaria curioso?! Como eu nem sou curiosa mentira deslavada, pus o vídeo para carregar e quando escutei me surpreendi: a voz dela é simplesmente divina! Escutei a tal música e vi outras nos vídeos relacionados, correndo para vê-los também; nos outros ela também canta perfeitamente, com uma afinação de dar inveja a qualquer um! Fui para a internet pesquisar sua idade e para minha surpresa essa abençoada tem apenas 12 anos, apesar da voz de "gente grande". Na internet se acham várias comparações entre ela e Rebecca Black (a menina do "Friday") e até entre ela e Justin Bieber; alguns colocam Maddi no auge e Rebecca no chão, e o mesmo com Justin. Tudo bem que Rebecca não canta bem e acabou sendo exposta ao ridículo, entretanto a mesma é muito jovem ainda e não merece ouvir nem ler tudo que disseram sobre ela. Mas tudo bem, nosso assunto não é esse, então deixa quieto, meu foco é no talento genial que essa menina tem. Para os curiosos demais - como eu - o site oficial dela encontra-se aqui.
Lá você poderá escolher em qual rede social quer visitá-la, e pode encontrar músicas, vídeos e informações adicionais sobre a garota. Na minha singela opinião, ela merece muitos elogios, e que sua carreira seja brilhante. Só espero que ela saiba lidar com tudo isso, já que é tão nova. Então é isso, estou na torcida por ela, e vocês? Seguem abaixo os dois vídeos que mais me deixaram arrepiada, realmente me encantaram.
Rolling in the deep:
domingo, 26 de junho de 2011
Denúncia - Abuso infantil explícito
Gente, ia fazer uma postagem hoje sobre um assunto um tanto polêmico, porém não muito importante, até que vi numa comunidade uma denúncia. E percebi que era urgente denunciar, divulgar para pedir que outras pessoas denunciem e tentar fazer justiça contra esse "ser humano (?)". O ocorrido foi que um monstro criou um blog cujo objetivo é mostrá-lo abusando de crianças.É tudo muito nojento e explícito, só vê quem tiver sangue frio, ou coragem suficiente. Não consigo nem descrever o que senti vendo tudo aquilo! É uma monstruosidade imensa e sem fim, chega até a ser inacreditável. Isso traz à tona não só o abuso sexual infantil como também o ponto a que esses seres são capazes de chegar, demonstrando orgulho em mostrar a crueldade que fazem. Sinceramente, espero que ele pague por tudo o que fez a essa e provavelmente outras crianças. Peço urgentemente para quem tiver acesso ao blog que denuncie, e ajude a colocá-lo na cadeia, onde é seu lugar e ainda é pouco.Eu havia divulgado o endereço do blog há pouco tempo, mas descobri que não se deve divulgar pornografia infantil, mesmo com a intenção de denúncia, portanto retirei o mesmo. Situações como essa só mostram o quão algumas pessoas não merecem nem ao menos viver, e é algo que ainda choca a sociedade. Por ainda me encontrar num estado de choque, não vou me estender no assunto, quem sabe quando eu me recuperar. Obrigada a todos que denunciaram, isso é muito importante. Fiquem à vontade pra qualquer coisa. Ah, é bom que reflitamos sobre esse assunto, visto que ele reabre portas já esquecidas por nós. Por hoje é só, e eu sinto muito por ter que colocar uma coisa tão cruel aqui.
Aventuras e histórias de São João
É, acho que o título da postagem já diz tudo. Vou contar um pouco do meu São João pra vocês, sem nenhum intuito muito especial senão o de "um pouco de conhecimento a mais" sobre mim. Divirtam-se - ou não, né.
23 de Junho, quinta-feira de manhã. Arrumo a mochila com ajuda de minha mãe, faço o necessário e saímos para uma viagem de quase três dias. No dia anterior tinha participado de uma torre (um evento evangélico que ocorre na casa de um dos irmãos) a pedido de um colega meu, dia em que meu pai, irmã e cunhado viajavam para Conceição de Feira. Não fui para não deixar minha mãe sozinha, sendo que ela temia deixar nossas cachorrinhas sozinhas. Por isso fomos para Mata de São João (tudo a ver com são joão, sacou? haha) ficar poucos dias, só para não passar em branco. Já de início tivemos que andar um pouco mais para pagar umas contas, então aproveitei para explorá-la e pedir chocolate pra viagem - acabei faturando refrigerante e batatas fritas também. Quando o ônibus de viagem chegou, já estava cheio e fui em pé, tendo que dar adeus ao passatempo da viagemleia música e lanches e me segurar; logo o ônibus ficou tão cheio que mal dava para se mover, mas eu estava tão tranquila que nem me incomodei. Chegando ao destino, o churrasco que minha prima havia prometido nem tinha começado! Fui logo comer alguma besteira e conversar; não estavam conseguindo colocar as carnes pra assar direito, foi um belo desastre, mas até que saiu tudo gostoso. Passei o resto da tarde comendo e assistindo qualquer coisa. Pela noite meu primo chegou lá bêbado me chamando para ir à festa da cidade com ele, já que ia ter show de Calcinha Preta; fiquei com receio, mas sabia que ele não me deixaria na mão, então me arrumei para ir. Chamamos os rapazes da moto táxi e fomos. Um pequeno grande detalhe é que os motoqueiros estavam sem capacete pra acompanhante, e como tava tendo blitz, tivemos que pegar um atalho cheio de buracos e terra... foi super emocionante, sério. Ao chegar na festa, tivemos que esperar o marido de minha prima chegar; enquanto isso, meu primo resolveu se meter em briga alheia e ficou xingando os guardas municipais... E eu lá tendo que aguentar "o peso da bebida" e não deixá-lo brigar, empurrando ele pra dentro da festa logo. Foi engraçado, confesso. Quando finalmente entramos a banda não tinha começado a tocar, e fomos beber alguma coisa. Meu primo me ofereceu um tal de "daikiri", e realmente era uma bebida bem gostosa. Bebi pra tentar me animar, e consegui! - por uns dez minutos. A banda começou e o povo se animou; fomos para mais perto do palco e foi aí que virei um iôiô: meu primo me puxava pra dançar numa música, o marido de minha prima me puxava noutra. Acabado meu lapso de ânimo, comecei a sentir um sono fortíssimo; passeamos pelo show e eu me sentia tonta vendo tanta gente, quase fechando os olhos - sensação emocionante, pode crer. Como os meninos não queriam ir embora, meu primo mandou um amigo me levar de moto pra casa; fui praticamente dormindo, e ele em alta velocidade, até que para aumentar meu sofrimento começou a chover. Os pingos d'água pareciam pedras caindo em meu rosto, e ah, doía... Mas foi por pouco tempo. Entrei, fiz o que tinha que fazer e dormi; muriçocas me atacavam, o frio me atacava com vigor maior, mas eu resisti. No dia seguinte só o que fiz foi comer. Comer e dormir. Comer, dormir e assistir. Foi um dia de paz, onde pensei bastante no blog, nos estudos, na vida... Me senti - e sinto - tão desligada de diversão... Ando me divertindo com coisas simples, não ando anseando festas, agito, pelo contrário; quero tranquilidade, quero conhecimento, quero escrever. Pensei em mil coisas pra postar por aqui, estou cheia de projetos e planos que vou tentando pôr em prática aos poucos. Enfim... uma coisa muito legal é que descobri só agora que um dos meus seriados favoritos - Gossip Girl - está passando no canal glitz. De noite meu primo me chamou pra ir à festa de novo, mas dessa vez não quis ir mesmo, ia acontecer o mesmo que no dia anterior... Então comi mais coisas juninas e assisti com as mulheres. Assisti lá pras 23h um filme bobo com Kristen e o carinha que fez o filme do "Facebook", cujo nome esqueci; o filme chama-se "Férias frustradas de verão" e fala somente em sexo e drogas, sem ter nada a acrescentar na vida de alguém. No sábado estava tudo preparado para vir embora; mais conversa, mais comida, mais risadas... Até dar o horário de vir embora. A cidade estava bastante vazia, o trânsito livre, tudo lindo. Ao chegar em casa vimos que as cachorras estavam super bem - o que foi uma alegria bem grande - e então eu me toquei: o São João havia acabado. Só o que restou foram as lembranças desses dias tão legais (pra mim, pelo menos), e a paz de estar em casa outra vez.
23 de Junho, quinta-feira de manhã. Arrumo a mochila com ajuda de minha mãe, faço o necessário e saímos para uma viagem de quase três dias. No dia anterior tinha participado de uma torre (um evento evangélico que ocorre na casa de um dos irmãos) a pedido de um colega meu, dia em que meu pai, irmã e cunhado viajavam para Conceição de Feira. Não fui para não deixar minha mãe sozinha, sendo que ela temia deixar nossas cachorrinhas sozinhas. Por isso fomos para Mata de São João (tudo a ver com são joão, sacou? haha) ficar poucos dias, só para não passar em branco. Já de início tivemos que andar um pouco mais para pagar umas contas, então aproveitei para explorá-la e pedir chocolate pra viagem - acabei faturando refrigerante e batatas fritas também. Quando o ônibus de viagem chegou, já estava cheio e fui em pé, tendo que dar adeus ao passatempo da viagem
terça-feira, 21 de junho de 2011
Chá, biscoitos & poesia
Era uma tarde de novembro. Charles fora a um café próximo de sua casa para escrever e refletir um pouco sobre sua vida. No trajeto, acendeu um cigarro e comprou um jornal do dia. Ao entrar no café, pediu seu chá com biscoitos de sempre e sentou-se; só então observou a moça que estava sentada à mesa ao lado: estava lendo um romance com lágrimas nos olhos, bebericando chá e comendo biscoitos. Aquela cena chamou a atenção de Charles, e ele então chamou-a para sentar-se ao seu lado. A moça, surpresa, aceitou o convite. Os dois engataram uma conversa divertida, pois perceberam que só o que tinham comum era o gosto pelo chá, pelos biscoitos e pela escrita. Ambos costumavam escrever apenas daquela forma, mas nem mesmo sabiam se era só costume ou lhes evocava inspiração. Charles era o típico rapaz de classe média-alta, que não se importava em trabalhar, estudar, pois tinha uma vida sustentada pelos pais e por seus vícios; seu lema era: sexo, drogas & rock'n roll. Já Lorrane era a típica menina boazinha de classe média-baixa: super romântica, comportada, solidária e séria. Ou seja, aqueles dois indivíduos tão apaixonados pela escrita divergiam completamente em todo o resto: gosto musical, lugares (exceto aquele café), influências, estilo de vida e tudo o mais. Entretanto, o mais incrível é que a conversa dos dois fluiu excepcionalmente bem, tanto que se passaram horas e eles nem perceberam. Riam muito, apontavam os defeitos do outro e até esqueceram do propósito de estarem ali: escrever. Lorrane questionava os gostos de Charles; perguntava porque ele bebia tanto, porque gostava de transar com desconhecidas, porque se drogava e porque não levava nada a sério. Para ela, não fazia sentido nada daquilo, pois são vícios auto destrutivos.
- Pra que levar a vida tão a sério? O que se leva dessa vida é a vida que se leva. Eu posso morrer quando sair daqui, sem ter me divertido nem um pouco, Ane! - rebatia Charles.- Isso é verdade. - sorria Lorrane.
Em contraponto, ele questionava o porquê de ela agir tão certinho, esperar "o cara certo" pra transar, querer ajudar todo mundo sem visar retorno, ser tão idealista sobre o mundo.
- Tudo deve ser feito em prol do outro. Não gosto de ser individualista quando posso levar alegria a algumas pessoas... Quanto ao cara certo, não pretendo ser chamada de prostituta por ninguém. - respondeu Lorrane.
A conversa se seguia, e ele a olhava com um brilho intenso, admirava-a, encantado. O mesmo acontecia com ela: admirava-o enebriada, apaixonada. Depois de um bom tempo de conversa, Lorrane teve que ir embora. Charles queria acompanhá-la, mas a menina estava atrasada para o encontro com as crianças carentes e saiu correndo, sem deixar nenhum modo de contato.
No dia seguinte, a menina foi ao mesmo café tentar desculpar-se com Charles, mas não o encontrou. Ficou sem saber o que fazer, então resolveu tentar no outro dia. Fora uns cinco dias seguidos tentar encontrá-lo, sem sucesso, então ela desistiu. Sete anos se passaram, Lorrane já tinha 25 anos e Charles, 27.
Até que encontraram-se num outro café, praticamente irreconhecíveis um para o outro. Lorrane, a garota certinha de sete anos atrás, vestia uma jaqueta de couro, tinha piercings pelo corpo, algumas tatuagens e um estilo bem "punk". Já Charles, o inconsequente dos mesmos sete anos atrás, vestia camisa social, estava barbeado e perfumado, com aparência de um típico "mauricinho". O espanto dos dois não foi pequeno, e pode-se imaginar o motivo. Boquiabertos, eles se abraçaram e indagaram, atônitos: - Mas o que houve com você??
Então sentaram-se e quando o garçom veio, pediram o mesmo chá com biscoitos - o que significava que ao menos algo ali não mudara. Enquanto o pedido não vinha, Lorrane começou a se explicar:
- Charles, eu realmente segui seus conselhos. Mudei bastante, é verdade... Percebi que precisava aproveitar a vida, pois estava me dedicando a todos, menos a mim mesma! Ah, e por onde você andou nesses últimos anos? Te procurei no dia seguinte àquele, para me desculpar pela pressa, mas não te encontrei mais...
- Já comigo aconteceu o contrário. Parei de ir àquele café porque suas palavras me tocaram. Percebi que eu precisava parar de me importar apenas comigo, e comecei a me envolver com ONG's, trabalhos comunitários, além de mudar completamente meu gosto musical, meu estilo de roupas e meu estilo de vida. Larguei as drogas, a vida sexual banalizada e passei a ouvir mpb.
- Uau! Incrível, nem posso acreditar! Parou de escrever?
- Não, isso nunca! E você?
- Também não... Ao menos nossos três gostos em comum permaneceram intactos!
Antes de continuar a conversa, eles trocaram números de telefone, para que nunca mais perdessem o contato outra vez. Então os agora adultos conversaram por mais horas e horas, como da última vez... Foram risos, críticas bem humoradas, e toda aquela magia de sempre, que os conectava de forma surreal. E eles continuaram a se encontrar nos dias que se seguiram, conversando, escrevendo e trocando farpas de brincadeira.
Ele a olhava com o mesmo encanto de sete anos atrás. Ela o olhava com o mesmo encanto de sete anos atrás. Era engraçado perceber que ele não a amou anos atrás por ela ser politicamente correta, visto que a amava mesmo como uma punk; e tampouco ela o amou por ele ser um maluco inconsequente, visto que agora ela o admirava tanto quanto antes, mesmo ele sendo "certinho". O que, então, conectava tão fortemente aqueles dois? Seria o chá, os biscoitos e a poesia? E mais... Até quando eles seriam tão opostos, tão "positivo e negativo"? São mistérios que talvez nunca se desvendem. Eles brincavam, brigavam, não tinham quase nada a ver. Mas se amaram, mas se amavam. Ah, que sentimento..! São formas de amor, são formas de amar.
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- Capricorniana, 19 anos, um tanto tímida porém de personalidade forte. Tem pés no chão e paradoxalmente idealiza o mundo e tem um tanto de fé nas pessoas. Adora admirar as coisas simples, e as valoriza muito mais do que as coisas "compradas". É apaixonada pela escrita e não poupa palavras para dar sua opinião. Acredita que palavras têm um poder imensurável; acredita também que pode trazer, assim, um pouco de felicidade às pessoas. Sonhos? Possui muitos, e tenta realizá-los. Dá tudo por seus amigos, luta por sonhos alheios também. Seu grande sonho profissional é cursar psicologia - profissão pela qual é apaixonada desde criança; outros sonhos seus são conhecer os amigos virtuais e viajar pelo mundo. Preza a sinceridade e a generosidade. Gosta de estudar, conhecer, ver. Se sensibiliza com histórias espontâneas, dramáticas e que possuam essência. A magia de um conto, de uma música, lhe dá arrepio. Ah, e tem uma paixão forte por retratar vidas alheias, seja como prosa, seja como poesia.
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Escrever é como uma necessidade, para mim. É um sonho particular levar alegria ou algo de bom para as pessoas. Aqui consigo expressá-los poetica ou até mesmo grosseiramente, mas tudo isso tem um propósito. O que eu desejo é que as pessoas se conscientizem das coisas e que não percam a fé umas nas outras... Tento trazer paz, tento trazer amor, além de reflexão; aqui mesmo, neste cantinho! Pode parecer inútil, mas já é uma grande coisa. Entre, fique à vontade para ler, curtir, criticar e se expressar!
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