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domingo, 21 de outubro de 2012

Tangenciando o psicossocial em Avenida Brasil


Enfim na sexta-feira o último capítulo da tão adorada novela das 21h foi ao ar. Para alegria de uns, para tristeza de outros... Alegria de quem tanto detestava os comentários que dominavam as redes sociais, e tristeza de quem irá sentir saudade por ter se afeiçoado à trama. Gostos à parte, Avenida Brasil foi a primeira novela que assisti do início ao fim desde muitos anos... E não me arrependi. Vi na novela uma demonstração de belos valores incutidos ao ser humano, coisas que me fizeram refletir e analisar os aspectos psicológicos e sociais da novela, embora algumas coisas sejam um tanto difíceis de aprovar (como um casamento entre quatro pessoas, porque não creio que alguma mulher se sujeitasse a conviver com outras duas esposas do seu marido sob mesmo teto; e como o casamento de uma mulher com dois homens porque não creio que algum homem fosse adorar dividir a esposa com outro homem - além de ter ficado em aberto se o personagem era apaixonado pela mulher ou pelo outro esposo dela rs). O que mais chocou alguns foi, obviamente, nossa antagonista Carmem Lúcia: desde o primeiro capítulo a moça aprontou, maltratou ora uns, ora outros... E no final obteve a redenção de alguns a quem fez maldades. Muitos afirmaram que a vilã deveria sofrer muito, que perdoá-la por tudo seria um absurdo – mesmo tendo um passado tão cruel. Pois eu realmente gostei muito dessa ideia, por motivos que irei desenrolar aqui.

Carmem Lúcia, uma mulher destemida, cruel e que fazia o que fosse necessário para alcançar seus objetivos: essa era a personalidade que víamos nela. Entretanto, ao mesmo tempo em que era tudo isso, a vilã nutria um real e até exagerado amor pelo filho. Falava mal da família do marido o tempo inteiro, mas nunca havia cogitado realmente a ideia de roubar aquelas pessoas e ir embora com o amante, o que nos faz pensar que ela, no fundo, amava o marido. Talvez não o marido, mas a vida que levava: Carminha só queria ser vista como rainha, como a pessoa admirável que nunca foi de verdade; como sabia que se as pessoas conhecessem seu passado a odiariam, ela escolheu fingir, usar uma máscara diária de mulher pura para não só enganar aos outros, mas para que ela mesma sentisse que era aquilo. A questão é que, por mais ficcional que seja, essas coisas existem mesmo: muitas mulheres casam-se apenas por interesse, isso é inegável; inúmeras pessoas fingem ser o que não são, por não conseguirem aceitar a si mesmas; muitos fazem coisas egoístas, sem se importar com quem está ao redor. É só que além de tudo, nossa personagem carrega consigo uma história de vida bastante cruel e perturbadora. Carmem viu seu pai matar a própria esposa – e sua mãe! – por dinheiro, bem diante de seus olhos inocentes, e em seguida foi friamente atirada num lixo. Sem mãe, sem pai, vivendo com alguém que a detestava por causa do pai... Aprendendo desde tão pequena a sobreviver por conta própria, sem carinho, sem nada. Há indícios ainda de que o pai cruel a molestara, pelo medo demonstrado de Carminha para com ele e pelo fato de ela detestar garotas. Isto é, que motivo uma mulher poderia ter para não gostar de uma filha de sangue, enquanto era capaz de amar um filho homem? Talvez porque ela lhe lembrasse sua enteada, mas não seria suficiente para tanto desprezo; o mais provável é que a pequena Ágata lembrasse-lhe sua infância e o quanto sofreu enquanto menina, sendo abusada pelo próprio pai... Desenvolvendo nojo, trauma.

 Imagine tudo isso na cabeça de uma menininha, de uma pessoa sem qualquer personalidade formada ainda, frágil como um cristal... Que tipo de criança cresceria sem uma sequela, ao menos? Ninguém pode negar a veracidade de tudo isso, afinal infelizmente coisas assim são cada vez mais comuns! Pais abusando dos filhos, jogando-os fora como se fossem simples objetos, matando cônjuges por causa de herança... E as consequências disso para quem não tem qualquer tipo de apoio são certamente as piores, como no caso da Carmem Lúcia. Além de toda a tragédia assombrando a pequena, ela ainda tinha que catar lixo para se alimentar. Obviamente isso também é real, é um aspecto social que justifica o aumento da criminalidade em qualquer lugar que seja. Uma hora a pessoa cansa de sofrer por uma culpa que não é sua e vai para o lado desonesto da vida, visando a ilusória felicidade. Então Carminha cresce, cansa-se do lixo e resolve se prostituir – o que também é bastante real – posteriormente tendo um filho e tentando sustentá-lo como podia. É aqui que fica claro que ela tentou ser uma boa pessoa, e é uma passagem que nos mostra que aquele final não foi simplesmente plantado de última hora, pondo Carminha como vítima e o pai como vilão. No decorrer da novela algumas passagens nos revelam que a vilã havia sido uma vítima social, apenas não sendo forte o suficiente para permanecer com o caráter intacto. Inúmeras vezes fica claro que ela não pretendia deixar a família, o que poderia ter sido feito se ela quisesse fugir com o amante; o tempo inteiro ela se preocupa com o filho, inclusive resolve buscá-lo assim que vê que conseguirá dar uma boa vida ao menino; ela não pensava em matar Rita, embora nutrisse um ódio vigente pela mesma. Em situações como essa fica perceptível que ela não era um monstro, mas alguém com grave desvio de caráter, que não sabia amar... Ainda assim humana!

Tudo isso se confirma quando analisamos a Nina/Rita: ela também sofreu na infância, com a morte do pai, com os maus-tratos da madrasta, com a vida no lixo. Embora tenha sido resgatada por uma boa família, tudo aquilo seguiu com a garota, motivando-a a querer fazer a “madrasta má” pagar pelo que fez. No decorrer da vingança Nina também tem o caráter desviado, mostrando a face de vilã na mocinha e explicitando o que sentimentos ruins fazem com o ser humano. Só que, por ter adquirido bons valores na vida e por ter um caráter mais formado, a jovem percebe seu desvio e volta atrás, voltando a ser íntegra e ao mesmo tempo destemida. É importante perceber os aspectos envolvidos na trama, entender que são tão reais quanto as nossas vidas: somos quase que inteiramente formados pelos outros, moldados pela sociedade! Se Carminha queria tanto assim dinheiro é porque a sociedade supervaloriza o dinheiro. Se Carminha passava por cima dos outros para obter sucesso é porque a sociedade é egoísta. Os valores são passados de pai para filho e afixados pelo meio, o que faz de um órfão pobre um ótimo alvo para a criminalidade. Por isso é tão comum que haja tanta maldade: falta educação para o povo, faltam valores, falta amor! E isso é ciclo vicioso visto desde sempre, que parece se perpetuar. As coisas são enfeitadas na novela, mas os problemas sociais são reais, inclusive as passagens da socialite discriminando as pessoas de menor poder aquisitivo. Foi por esses motivos citados acima que eu gostei da ideia de redenção da vilã: ela foi realmente mais uma vítima da sociedade! Achei bacana que o autor destacasse a importância do perdão, bem como a velha máxima do “A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena”. Embora todas as maldades da antagonista não sejam aceitáveis, foram justificáveis, assim como é justificável um garoto pobre roubar, traficar, e etc. Infelizmente é justificável, porque a culpa não é tão só e verdadeiramente deles, e sim de quem lhes permite tal transvio, o que em menor escala são os pais/família, e em maior escala é a repugnante sociedade. 

Analisando superficialmente aspectos psicológicos, nossa vilã possuía uma mente perturbada, porém disfarçada de esperteza. Ela aprendeu a jogar sujo, a se dar bem às custas dos outros, a mascarar felicidade, a esconder traumas e dores; numa análise mais ousada, poderia dizer que a personagem decidiu desligar sentimentos pra não conviver com a dor da tragédia que viveu, o que no fim não deu muito certo. Analisar o personagem Max seria ver praticamente a mesma coisa: um rapaz sofrido, fraco e com a ilusão de que dinheiro a qualquer custo traz felicidade. Os “Maxs”, as “Carminhas” e as “Ninas” estão bem vivos pelo mundo afora, e muitos mais ainda estão em formação... É triste, mas é real. Não posso afirmar que a pessoa vai ser o que o meio determina, afinal nem todos que cresceram nessas condições se tornaram criminosos e isso ainda é um mistério para mim, porém posso afirmar que um caráter é facilmente formado de acordo com o modo de vida da criança e das pessoas ao redor. Enfim, essa novela me trouxe uma inspiração bastante ampla sobre a vida, e isso é um ponto bem positivo, justificando o motivo de tanta adoração das pessoas para com ela. 
terça-feira, 31 de julho de 2012

O prazer da dor


Há algo de tão prazeroso na dor que muitos ousam amá-la. Sentir, fazer sentir... Seja como for, incuti-las, mesmo que momentaneamente, pode ser perigosamente delicioso. Como aquela ferida que quanto mais você mexe, mais você quer mexer... E não permite que se feche, pois a cada vez que seu corpo tenta fazê-lo você remexe, proíbe, impede. Talvez sangre, talvez se abra mais, ou talvez nunca cicatrize. Simplesmente não te importa, pois o essencial é manter a dor junto de ti, a uma distância minimamente confortável. É como aquele perdão que você não consegue dar, pois a cada vez que a pessoa se aproxima da redenção sua memória é forçada por ti a relembrar tudo de ruim que a pessoa lhe fez; você sente prazer ao tortura-la com erros passados, mesmo alegando que lhe doi – o que não é mentira, mas consequência. É também como a tristeza iminente numa pessoa que tem uma vida estável, na medida do possível: possui tudo que lhe é necessário, desde pessoas a necessidades básicas à sobrevivência. E, por incrível que pareça, manifesta-se o prazer no sofrimento por outrem; namorado, amigo, familiar, ex-qualquer-coisa, e por aí vai... Alegar incapacidade de esquecer a pessoa em questão é deixar implícita sua falta de vontade de “tirar” a tal de sua vida, como se o sentimento por ela fosse mais forte do que você, o que é mentir pra si mesmo. São apenas alguns dos inúmeros casos onde o prazer da dor impera, mesmo que inconscientemente. Ah, essa tortura irrefreável... E a dor, que antes lhe parecia tão ruim, te toma intensa e lhe afaga o rosto imperceptivelmente sorridente.
domingo, 11 de março de 2012

Tempo, querido tempo

"Por seres tão inventivo e pareceres contínuo...Tempo tempo tempo tempo, és um dos deuses mais lindos... Tempo tempo tempo tempo..."
É assim que começo o texto de hoje, já evidenciando qual o assunto em pauta: o tempo. E um pouco da novela "A vida da gente" com seus exemplos. Então, não sou "ligada" em novelas, nem assisto mais há muito tempo, e com essa que acabou há uns dias não foi diferente. Vi alguns capítulos aleatórios, quando não tinha ocupação, e ouvia comentários sobre o triângulo polêmico que se formou na trama. Até uma amiga minha comentar sobre o último capítulo dizendo que gostou muito. Ela é uma ótima crítica, então levei sua opinião em consideração e resolvi assistir pra ver se curtia. Não deu outra: o final realmente me emocionou, fiquei admirada com alguns diálogos e constatações sobre os protagonistas e sobre o tempo. 
Como todos devem saber, a Ana e o Rodrigo se amavam desde a infância, e após ela entrar em coma ele se envolveu com a irmã de Ana, criando a filha que tiveram com sua nova amada. Quando Ana acorda do coma, de repente Rodrigo se vê confuso entre voltar a viver o passado de toda a sua vida antes do coma da garota, ou viver o presente com a garota que passou a amar. O amor entre Ana e Rodrigo sempre havia sido complicado, e nunca lhes permitiram viver juntos, o que os mantinha num sofrimento, presos numa história inacabada. Enquanto com Manuela ele pôde ser feliz, embora sempre assombrado pelo "fantasma" de Ana. 
Toda essa situação me fez pensar em como isso acontecia, e que era mais comum do que se imagina existirem Rodrigos, Anas e Manuelas na vida real. Não na mesma situação, claro, mas em conflitos parecidos. O que acontece é que somos acomodados. Sim, nos acostumamos tanto com as coisas que quando entramos em terreno desconhecido ficamos com saudade do terreno antigo e já tão aconchegante. Falando em relacionamentos amorosos, especificamente, é bastante frequente: muitas vezes você não sente falta da pessoa em si, e sim das ligações que ela fazia só pra te desejar "boa noite" ou perguntar como foi seu dia, dos lugares que vocês costumavam ir juntos, das mensagens, conversas, risos, etc... Porque no fim de um relacionamento você normalmente se sente sozinho, sem ninguém pra suprir a falta das coisas que você era acostumado a fazer e ter. Então você se sente preso à pessoa, mais por medo do novo do que por saudade. É natural, está na condição de ser humano. Aí vem o tempo, o sábio senhor que tem o poder de curar tudo... Remediar ou simplesmente cicatrizar. 
Me ocorre que essa prisão que construímos para nós mesmos seja ruim, porque nos torna tão relutantes que às vezes nos priva do melhor. É bem aquela coisa do "há males que vêm para bem", e nos custa acreditar. No momento parece que nosso mundo vai cair, que vamos morrer... Mas as novas experiências nos mostram que se aconteceu foi porque era pra ser, e que precisávamos passar por tudo aquilo pra perceber que podíamos ter mais... Que podíamos ser mais! Fica claro isso nos textos que Ana e Rodrigo redigiram um para o outro. Eles relembraram a infância e adolescência juntos, todo aquele intenso amor que viveram, e assumiram que se amariam para sempre; mas não do mesmo jeito, não o mesmo amor. A prisão havia acabado, eles haviam se resolvido, e agora estariam livres pra viver outra história, amar outra pessoa por inteiro. Sem mais confusões, sem mais sofrimento, sem mais peso do que o passado trazia consigo. 
No início da novela eu achei que um amor de tanto tempo tinha que permanecer até o fim, e em quase todas as novelas que assisti almejava que isso ocorresse. Mas de uns tempos pra cá me parece que os autores estão acabando com a história do "era uma vez (...) felizes para sempre" e colocando os mocinhos pra finalizar a trama com outro amor. Algumas ficam meio sem sentido, mas nessa fez todo o sentido. E como minha amiga disse, seria contraditório eles pregarem na novela que o tempo passa e as coisas mudam e não mudar nada entre o casal principal. 
A verdade é que existem sim amores que duram uma vida inteira, apesar de ser raro... Mas existem também amores que acabam, ou que simplesmente mudam de jeito, não deixando de ser amor. E nem por todas as mudanças esse sentimento deixa de ser tão nobre e bonito. A vida segue, o tempo passa... Não importa se você está seguindo junto com ela ou não. No decorrer do seu caminho, você perderá pessoas, conhecerá outras, amará e talvez odiará quem amou. Perderá coisas, ganhará outras. Hesitará entre continuar caminhando ou voltar. É assim mesmo. O mundo dá voltas, as coisas mudam. E nada permanecerá do jeito que você deixou... Nada.
domingo, 7 de agosto de 2011

Sobre as coisas que não se quer sentir

Salve, salve! Tem um bom tempo que não posto aqui, por motivos óbvios e já conhecidos por muitos. Ontem eu pretendia fazer uma postagem legal e bem elaborada, mas vi que o layout já estava enjoativo aqui no blog e que eu precisava trocar. Passei umas boas horas só testando temas, vendo o que mais se adequava ao blog, até que achei o que aí está; contudo, este lindo tema (pelo menos eu curti, e vocês?) estava cheio de coisas desnecessárias e necessitando de configurações pessoais. Enquanto estava só nos elementos e gadget estava ótimo, mas logo depois tive que mexer com html... quem tem blog sabe o quanto é chato e complicado manusear html. Mexi, remexi, consegui consertar alguns erros mas outros persistiram; o resultado foi esse aí que vocês viram: linkbar fail e uma parte da blog-pager mal configurada (aí é coisa do tema mesmo, porque o html já veio com a configuração errada), então considerem meu esforço. Enfim, como tudo isto ocorreu pra ocupar meu tempo, me resta pouco dele e vou transpor uma coisa que escrevi aqui.

                                          

Querido Eric, escrevo essas palavras impensadas e mal selecionadas meio sem querer. Perdoe-me por te mandar este e-mail a esta hora da noite, é que não pude aguentar! Perdoe-me de verdade, mas precisava desabafar contigo.

E o meu disfarce é óbvio. É minha maneira de esconder a dor, é a minha maneira de esconder quem realmente sou, o que realmente sinto; tudo parece desconexo e se eu parar pra desabafar a alguém, parecerei louca, não parecerei “eu”. O desespero da alma é tão grande que sinto que ninguém me conhece... por mais que eu tente ser sincera. A verdade é que por mais verdadeira que eu seja, jamais serei transparente! Não consigo vomitar minhas ânsias, minhas mágoas, meus sentimentos. O motivo de tanta reclusão é minha clara impotência, o fracasso de não conseguir pedir ajuda; doi demais gritar em silêncio, mas sempre sinto que não sou nem serei ouvida se gritar acima de 80 decibeis, em último caso. É estranho sentir tanta dor, tanto vazio e não conseguir dividir com alguém, como se isso tornasse tudo gélido e frágil. É estranho se machucar com alguém que ama e não ter coragem de admitir para o outro. É estranho querer alguém e fingir que não quer, até pra si mesmo. É estranho pensar que não precisa de ninguém, quando é exatamente o contrário. É estranho querer chorar e simplesmente forçar um riso. É estranho se sentir estranho em um lugar e mesmo assim permanecer nele. É estranho se sentir fraco demais e não bambear nem cair. É estranho... tudo é estranho. Eu sou estranha. Será que podes me salvar? Será que podes me livrar de mim mesma?
             Com amor e tristeza, Marie.
domingo, 3 de abril de 2011

About... Pause break e carta do Kurt Cobain

Então, feita mais uma postagem depois de um longo período de tempo sem postar nada. O 3° ano realmente está corrido, e existem outros fatores que me impedem de estar constantemente postando. O conto abaixo eu considerei um pouco pesado, então quem não curte contos de suicídio eu não recomendo que leia, até porque me baseei num fato real. Postei a pedidos, do Andrézinho mt meu e do Marco bobo limd s2
Pretendo regular minhas postagens, porém vai levar um tempinho até que eu possa me adaptar com a nova rotina de estudar todos os dias, etc e tal. Mas hein, que saudade eu estava de escrever aqui *-*
Bom, como eu disse, o conto "Esquecido pela própria morte" foi baseado num fato real, que foi a carta do Kurt Cobain; ele a escreveu pouco antes de se suicidar. Pode ser realmente chocante, mas eu achei também interessante, então para os interessados, segue a carta do Kurt:

"Falando como um simplório experiente que obviamente preferiria ser um efeminado, infantil e chorão. Este bilhete deve ser fácil de entender. Todas as advertências dadas nas aulas de punk rock ao longo dos anos, desde minha primeira introdução a, digamos assim, ética envolvendo independência e o abraçar de sua comunidade, provaram ser verdadeiras. Há muitos anos eu não venho sentindo excitação ao ouvir ou fazer música, bem como ao ler ou escrever. Minha culpa por isso é indescritível em palavras. Por exemplo, quando estou atrás do palco, as luzes se apagam e o ruído ensandecido da multidão começa, nada me afeta do jeito que afetava Freddie Mercury, que costumava amar, se deliciar com o amor e adoração da multidão - o que é uma coisa que totalmente admiro e invejo. O fato é que não consigo enganar vocês, nenhum de vocês. Simplesmente não é justo para vocês e para mim. O pior crime que posso imaginar seria enganar as pessoas sendo falso e fingindo que estou me divertindo 100 por cento. Às vezes acho que eu deveria acionar um despertador antes de entrar no palco. Tentei tudo que está em meus poderes para gostar disso (e eu gosto, Deus, acreditem-me, eu gosto, mas não o suficiente). Me agrada o fato de que eu e nós atingimos e divertimos uma porção de gente. Devo ser um daqueles narcisitas que só dão valor as coisas quando elas se vão. Eu sou sensível demais. Preciso ficar um pouco dormente para ter de volta o entusiasmo que tinha quando criança. Em nossas últimas três turnês, tive um reconhecimento por parte de todas as pessoas que conheci pessoalmente e dos fãs de nossa música, mas eu ainda não consigo superar a frustração, a culpa e a empatia que tenho por todos. Existe o bom em todos nós e acho que eu simplesmente amo as pessoas demais, tanto que chego a me sentir mal. O triste, sensível, insatisfeito, pisciano, pequeno homem de Jesus. Por que você simplesmente não aproveita? Eu não sei! Tenho uma esposa que é uma deusa, que transpira ambição e empatia e uma filha que me lembra demais de como eu costumava ser, cheio de amor e alegria, beijando todo mundo que encontra porque todo mundo é bom e não vai fazer mal a ela. Isto me aterroriza a ponto de eu mal conseguir funcionar. Mal posso suportar a ideia de Frances se tornando o triste, autodestrutivo e mórbido roqueiro que virei. Eu tive muito, muito mesmo, e sou grato por isso, mas desde os sete anos de idade passei a ter ódio de todos os humanos em geral. Apenas porque parece muito fácil se relacionar e ter empatia. Apenas porque eu amo e sinto demais por todas as pessoas, eu acho. Obrigado do fundo de meu nauseado estômago queimando por suas cartas e sua preocupação ao longo dos anos. Eu sou mesmo um bebê errático e triste! Não tenho mais a paixão, então lembrem, é melhor queimar do que se apagar aos poucos. Paz, Amor, Empatia.
Kurt Cobain

Frances e Courtney, estarei em seu altar. Por favor, vá em frente, Courtney, por Frances. Pela vida dela, que vai ser tão mais feliz sem mim. EU TE AMO, EU TE AMO."
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A dor do fim

Amor: um sentimento inexplicável, complexo e estranho. Há quem diga que é um sentimento lindo – esse provavelmente está amando e vivendo feliz com alguém. Porém há quem diga também que é um sentimento doloroso, triste, depressivo... O que diríamos dessa declaração? Creio que concluam que este alguém sofreu por amor.
De toda forma, no início de um relacionamento só há espaço para felicidade: o casal demonstra carinho, devota atenção, ouve pacientemente o desabafo do outro, confia segredos, comete loucuras, ri de tudo. Neste momento, o amor é perfeito, os amantes são perfeitos, a vida é linda. Contudo, após um tempo as coisas podem mudar (é bem difícil não existir briga, desavença ou algo do tipo na vida de um casal), e então o que era o paraíso transforma-se num abismo; Em alguns casos, o único jeito que se encontra é o desvencilhamento total.
Os dois continuam se amando, mas não há jeito de se entenderem... É aí que entra a parte mais difícil: viver sem o outro. Sorrir sem a pessoa tão amada, se sentir leve, se sentir vivo! As lembranças perturbam, e na verdade, tudo a lembra. Ambos sentem-se rejeitados, não importa quem pôs um fim na relação; ambos fingem para o outro que estão bem, mesmo sabendo que não adianta mentir. Então os dois juram que não irão amar novamente, ou tentam desesperadamente encontrar outro colo, e tudo em vão, afinal ninguém é substituível. Ou melhor: ninguém os fará esquecer do seu amor, pois que é único, inigualável e perfeito até mesmo na imperfeição. Ficar sem aquele alguém é como estar sem você mesmo, é como estar morto, apenas existindo.
Depois que a dor da perda sara, há outra dor que perturba: a do recomeço. É a dor de saber que sua vida está seguindo sem aquele alguém do lado, é a dor de saber que sua vida perdeu a importância na vida do outro, que ele está seguindo bem sem sua companhia. É a dor de saber que aquele beijo não é mais dos dois, que aquele abraço não é mais confortante, que aquele amor não é mais seu. Que seu coração não pertence a ele, que você não pertence a ninguém.
É mais difícil porque não queremos esquecer ou seguir em frente, queremos permanecer com as lembranças, viver do passado! Insensato, porém compreensível. Acreditamos que o amor de alguém é necessário para viver, por isso sofremos, e nos perdemos em outra pessoa... Quando na verdade, nós pertencemos a nós mesmos, e podemos encontrar a felicidade sem depender de alguém. Outros amores virão, e tudo passará novamente, se quisermos, inclusive o amor

observação: Esse texto foi criado por mim, baseado na obra "A despedida do amor", de Martha Medeiros. O motivo foi uma "competição" de melhor escritor que aconteceu numa comunidade que frequento no fake; Resolvi postar aqui porque achei o texto dela interessante, e as conclusões que tirei estão no texto acima... Uma verdadeira inspiração. 
terça-feira, 12 de outubro de 2010

O tal do amor

Todos os dias muitos devem ouvir um "eu te amo" dito pra si ou para outras pessoas. É uma frase já tão comum e banalizada, visto que várias pessoas falam sem sentir... Diante disso eu me pergunto: O que seria o amor de verdade? Será que essas pessoas amam de verdade? Estas são ótimas perguntas! Inclusive muito difíceis de responder, pois nenhum cientista até hoje conseguiu explicar com certeza o que é o amor e muito menos os sintomas exatos disso. A verdade é que muitas vezes achamos que estamos amando, outras vezes não sabemos mais. Essa mistura de sentimentos é o que torna o ser humano mais excêntrico e curioso. Mas vamos para a vertente que afirma que sabemos quando estamos amando.
Amar é muito bom quando se é correspondido, pois amar junto é amar melhor, é ser feliz, é ser de verdade! Diz-se que o amor transforma as pessoas, e eu lhes digo que é verdade, por experiência própria. E creio também quando se diz que o amor é o sentimento mais magnífico que existe. Amar, amar e amar... sem nada pedir, sem nada exigir, sem nada esperar.

Mas aí vem outra questão: Se o amor é tão bom assim, por que nos traz sofrimento?
O amor é lindo quando é correspondido, mas faz um coração apertar e chorar quando a pessoa que amamos não nos ama. A verdade é que nos deixamos abalar por esses acontecimentos, e tudo por falta de amor-próprio. Sim, a falta de amor a si mesmo te faz sofrer por outro amor, já que preferimos nos machucar do que erguer a cabeça e seguir em frente. O amor é como tudo na vida: pra ser bom, só depende de você, só depende de como você o quer para si! Sofrer por amor é opção sua, tente não esquecer disso.
Que amor seria esse que te faz sangrar, esquecer de si, e da felicidade? Pois é, não é amor... é tortura, é desamor por si.

A felicidade está no amor mais puro, belo e inocente, não no mais sofrido, mau, inquietante... Afinal, o tal do sentimento mais bonito e magnífico do mundo não admite coisas ruins.
E com toda essa confusão e explicação sobre o amor, eu só posso responder da seguinte forma o que ele é: um sentimento puro que habita todos nós e que nos permite viver. Mas como tudo na vida, não é para se entender, e sim para se sentir, mesmo que você não saiba se é isso exatamente... Apenas acredite, e deixe este lindo sentimento tomar conta de você.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O pior pecado do mundo

Ao se falar em "pecado", as pessoas já se lembram logo dos 7 pecados capitais. Quando se fala em "pior pecado", imagina-se então: Qual dos 7 pecados é o pior?
E neste momento eu respondo que não são nenhum destes tão conhecidos e cometidos por nós...
Um tanto confuso, não é? Mas vejamos: cada um destes pecados é originado a partir de um único pecado! Ou seja, existe um defeito impregnado no ser humano que o faz cometer pecados e fazer coisas ruins.
Este pecado tão falado e tão ruim é: o egoísmo!
Claro, pare e pense: Por que você comete o pecado da gula? Porque quer comer para satisfazer a si próprio, não importando se o outro está com fome; Por que você comete o pecado da avareza? Porque quer guardar todo o dinheiro para você mesmo, não importando se o outro está precisando mais do que você; Por que você comete o pecado da luxúria? Porque quer obter prazer, não importando como ou se é direito; Por que você comete o pecado da preguiça? Porque não quer fazer nada, não importando se o outro está precisando de sua ajuda; Por que você comete o pecado da ira? Porque sente ódio e/ou raiva de alguém que lhe fez algo (ou adjacências); Por que você comete o pecado da soberba (vaidade)? Porque você quer se sentir melhor do que outras pessoas por condição social, raça, inteligência, beleza e etc.; Por que você comete o pecado da inveja? Porque quer tudo que é de outra pessoa para si, tentando inferiorizá-la de algum modo ou tentando ser superior a ela...
E então, chegamos a essa conclusão tão óbvia e complexa ao mesmo tempo: o egoísmo é o pior de todos os pecados e conseqüentemente, de defeitos que um ser humano pode ter. É claro que todos nós assim como cometemos todos estes pecados às vezes - mesmo que sem querer - somos egoístas em alguns momentos; Mas o mundo seria muito melhor se nós parássemos um pouco de pensar em nós mesmos e pensássemos no outro, no bem-estar de todos..! Não haveria tanta violência, crueldade, maldade, e seria um lugar melhor de se viver.
Eu sempre vejo pessoas deixarem de se ajudar por puro egoísmo, acreditando que eles próprios são os únicos que importam, o que é um completo equívoco... Mas fazer o quê, não é? Dentro de nós existe o bem e o mal, só precisamos escolher de que lado queremos ficar.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A magia do fake

Bom, como havia dito anteriormente, aqui vai uma postagem falando sobre o fake e suas peripécias.
Fake significa falso, então num perfil de orkut significa "perfil falso". O fake surgiu pouco depois do próprio orkut, e num curto intervalo de tempo muitos aderiram à moda; alguns pensam que o fake é uma coisa nova, mas não é verdade, conheço pessoas que têm fake desde 2005. A maioria das pessoas que possuem fake já tiveram outros perfis, ou ainda os têm; Muitos criam fake por achar que farão parte da "nova moda" assim, mas estes não conseguem ficar lá por muito tempo, porque enjoam, e quem criou por outro motivo (principalmente para fazer novos amigos) acaba ficando e não consegue mais sair de lá! Nós que temos fake somos criticados pelos que não têm, ainda mais quando descobrem que sofremos, choramos e realmente nos emocionamos em off pelas coisas vividas em on... mas é o que eu sempre digo: só quem tem, sabe o sentido que faz. Eu criei o primeiro fake em 2008, para participar de um RPG de Harry Potter; O perfil foi hackeado, 
então criei outro e nunca mais consegui sair! Conheci muitas pessoas legais, algumas que infelizmente não aguentaram o sofrimento e se deletaram - dessas, algumas mantenho contato em off -, ou deletaram por motivo de força maior. Já chorei, quis deletar tanto quanto essas pessoas, mas nunca tive coragem, meus amigos de lá nunca me deixaram fazer isso. Hoje, conheço muitas pessoas de diferentes estados, e meu maior sonho é conhecê-las pessoalmente, pois são as pessoas mais lindas e mágicas que se pode conhecer... e acima de tudo, são amigas de verdade, foram as que me tiraram da tristeza quando ela resolve me atingir...
Enfim, fake pode parecer apenas um perfil inútil com a foto de um famoso qualquer onde por trás existe uma pessoa idiota e sem vida social, mas pra mim e pra todos os que estão nesse "mundo", o fake é muito mais do que isso: é como uma verdadeira segunda vida.
quarta-feira, 28 de julho de 2010

O sentido da vida

A vida é realmente algo muito bonito, uma dádiva. Mas, que sentido teria ela? Será que ela nos foi dada para aproveitarmos de todas as formas que quisermos? Ou será que existe um plano maior para todos nós..? É, com certeza é uma questão de fé e opinião.
Vejo tantas pessoas destruindo suas vidas, achando que estão aproveitando, que fico a me perguntar o que se passa na cabeça delas, o que elas esperam da morte; Chego então à conclusão que elas não pensam nisso, só pensam em se divertir a qualquer custo, sem pensar que Deus está vendo tudo isto. Não, não sou evangélica, católica ou afins. Apenas tenho fé, que é algo que aprendi com meu pai: fé em Deus acima de tudo e qualquer coisa!
Ser perfeito é impossível, mas tentar fazer as coisas para o bem não custa muita coisa. O egoísmo a cada dia que passa corrompe mais o ser humano, faz com que ele pense somente em si, no dinheiro e nas coisas "boas" que a vida lhe traz ou pode lhe trazer. Onde está o amor ao próximo? Esta vida é curta, e talvez não haja muito tempo para nos redimirmos dos pecados aqui cometidos!
Não digo para que não erres, apenas para que olhe para o outro, dê a mão e levante a quem precisa. Isso com certeza não lhe doerá, pelo contrário, fará bem a sua alma! E serás lembrado por isso ;)
A ciência não conseguiu provar, até hoje, o sentido da vida; E ninguém jamais conseguirá, pois a vida é algo que não se pode explicar ou definir... ela está aí para ser vivida da melhor maneira possível. Sabendo, é claro, que Deus nos concedeu com muito amor.

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Capricorniana, 19 anos, um tanto tímida porém de personalidade forte. Tem pés no chão e paradoxalmente idealiza o mundo e tem um tanto de fé nas pessoas. Adora admirar as coisas simples, e as valoriza muito mais do que as coisas "compradas". É apaixonada pela escrita e não poupa palavras para dar sua opinião. Acredita que palavras têm um poder imensurável; acredita também que pode trazer, assim, um pouco de felicidade às pessoas. Sonhos? Possui muitos, e tenta realizá-los. Dá tudo por seus amigos, luta por sonhos alheios também. Seu grande sonho profissional é cursar psicologia - profissão pela qual é apaixonada desde criança; outros sonhos seus são conhecer os amigos virtuais e viajar pelo mundo. Preza a sinceridade e a generosidade. Gosta de estudar, conhecer, ver. Se sensibiliza com histórias espontâneas, dramáticas e que possuam essência. A magia de um conto, de uma música, lhe dá arrepio. Ah, e tem uma paixão forte por retratar vidas alheias, seja como prosa, seja como poesia.
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Escrever é como uma necessidade, para mim. É um sonho particular levar alegria ou algo de bom para as pessoas. Aqui consigo expressá-los poetica ou até mesmo grosseiramente, mas tudo isso tem um propósito. O que eu desejo é que as pessoas se conscientizem das coisas e que não percam a fé umas nas outras... Tento trazer paz, tento trazer amor, além de reflexão; aqui mesmo, neste cantinho! Pode parecer inútil, mas já é uma grande coisa. Entre, fique à vontade para ler, curtir, criticar e se expressar!

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