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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Agonias
Cada parte do meu corpo se contorcia. Uma agonia infame
fazia-se presente ali, e não queria ir embora. Era como se chovesse em tempo
frio, aquela sensação de “um ou outro, não me dê os dois”; eu não queria chuva
no frio, eu não queria frio na chuva! Olha lá como está o ceu... Ele não olha
para mim, ele não me sorri. Eu queria mudar aquilo, eu queria mudar o ceu! Ou
seja, tudo sempre visto da maneira mais difícil. Seria mais fácil eu me adaptar
ao ceu do que fazer ele se adaptar a mim, não é mesmo? Foi aí que eu entendi: o
mundo não gira a minha volta, eu é que dependo dele pra viver. Mas se eu parar,
ele não vai parar por mim; o mundo continua mesmo que eu pare, eu não faço
tanta diferença assim. O mundo vive sem mim!! O meu ego queria morrer ao ser
empurrado contra isso. Reduzir-se a um nada para levantar-se não parecia a
maneira mais legal de fazer as coisas. Mas isso sou eu. A eterna chuva fria, o
eterno vai-e-vem, a eterna desvairada que não sabe pra onde o barco está indo
exatamente, talvez esteja à deriva. O tempo parecia parado, para mim, mas não
estava: era puro engano. Ah, quanta ilusão! Tanta vida, tanto amor, tanta
energia... E o que? Resguardo, contenção! Daqui a 20 anos – se ainda habitasse
este espaço – que diria? “Velha demais para qualquer coisa”. Que dor, que
desperdício! E agora as ideias me fugiram. É, o futuro assusta a qualquer um...
Correr para buscar de volta é querer demais. A incessante busca por respostas
nunca me agradou, sempre deixei o tempo dar conta de tudo. Talvez aí more o
problema. Ser eu, que complicação... E ao mesmo tempo, é de uma beleza
imensurável sentir o que sinto e ter o que tenho. Sou ideias, sou sentimentos,
sou contradições, sou insatisfação... Sou ou estou? Essa é minha eterna
questão.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Imaginando o inimaginável
Eu fico aqui imaginando o futuro.
Bobagem, é o que penso ser. Traçar uma linha do que pretendo fazer, uma lista
do que pretendo ter. Imaginar que talvez não passe dos 20 e tudo caia por
terra: formação, trabalho, casamento, filhos, viagens... Parar pra pensar no
quanto a vida pode ser curta e num momento de descuido tudo pode se esvair para
sempre. Fazer planos, colocar nome nos cachorros que pretendo ter em uma casa
que não comprei, com um marido que nem possuo e com o dinheiro que eu não
tenho. Admitir que posso ficar pra titia e que não seria tão ruim assim. Pensar
que devo aproveitar a vida ao máximo enquanto a tenho e preferir ficar em casa
o dia inteiro. Dizer baixinho que perdoar logo é a maneira mais eficaz de ser
feliz no presente mas não me permitir algo de tamanha proporção. Planos,
planos, planos... Ora, pra que raios servem os planos? Não temos controle
absoluto de nada, tudo fica só na expectativa, no final das contas. Temo o
futuro, mas não vivo o presente. Tento me convencer que a vida há de melhorar e
tomar seu eixo, mas não sei o que fazer se não mudar. É como uma história mal
contada e mal preenchida. É como um conto borrado bem no epílogo. O futuro é
nublado e insípido, não consigo pegar com as mãos; não consigo sentir! Droga,
droga, droga. Tanto medo habita em mim! Medo de fracassar, de não conseguir me
realizar, de morrer sozinha, de perder o que prezo... Talvez isso tudo me deixe
estática. É uma pena não saber no que acreditar e mesmo assim tentar prever
tudo. Saber e não saber. Fazer e voltar atrás. É como deixar o dito pelo não
dito e o feito pelo não feito. O que me resta é aceitar... Aceitar não saber,
aceitar não poder; aceitar o que há de vir, seja como for.
sexta-feira, 2 de março de 2012
Embriaguez de ti
Teus olhos me enlaçavam, me fixavam de um jeito... Nunca tinha sentido isso antes. Era como uma droga surtindo efeito. Eu simplesmente não conseguia te negar nada, estava num êxtase absoluto e inegável. O mais estranho de tudo era eu me sentir bem com isso. Que mágica fizestes em mim? Deveria me contar. Senta aqui, e explica-me essa confusão que é você. Diz-me por que pronuncia palavras incertas de forma tão segura. E por que eu fico tão presa nessa tua inconstância, me sentindo contraditoriamente segura. Teus braços me consolam, trazendo uma paz que outrora era utopia. Anda, vem cá. Me tira desse transe, ou me diz como sair dele. Ensina-me como curar isso, um antídoto desse teu veneno poderoso ao qual não consigo resistir. Nos meus pensamentos parecias tão mais frágil... Eu conseguia me desvencilhar de tuas mãos macias e fortes. E quando ousei abrir os olhos, já estava lá, novamente, completamente entregue a ti. Os pensamentos diziam “Não”, mas os olhos diziam “Sim”. O coração pulsava acelerado, as mãos o seguravam como que para não sair do lugar. Não adiantaria tentar fugir, você sempre iria me alcançar. Tolice minha. Então você me puxa forte, e teus lábios encontram os meus. E eu esqueço todos os devaneios, todas as relutâncias, e sou sua outra vez...
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Lágrimas no escuro
Tem dias que nos sentimos tão "pequenos"... tão vulneráveis, frágeis, tristes. É uma mistura de dor com amargura, desejo de bloquear todos os pensamentos da cabeça e ao mesmo tempo desejo de pensar em tudo continuamente. É uma mistura de vida com morte, alma, lágrimas, coração apertado... Tudo isso mesclado com um vazio agonizante e desesperador, embora calado. A alma se comprime, o coração se expande, os olhos extravasam. Nesses dias nós nem sabemos o "x" exato da questão, só sabemos que há algo de errado com nós mesmos. Ou talvez mesmo com as outras pessoas. Normalmente é um sentimento de angústia, de solidão, como se ninguém se importasse com a gente... como se você fosse realmente um nada, uma formiga em meio a todas as outras pessoas, tão grandes para sentir sua falta... Mesmo as pessoas que te chamam de "amigo", e mesmo os que você considera realmente amigo! Todos parecem ser indiferentes à sua presença, ninguém parece ver o quão você sente vontade de chorar, gritar, morrer... E você decide viver sozinho, já que parece não ser notado por ninguém, já que parece não ter amigos e quem te ame de verdade. A dor corrói seu peito, você se contorce agonizante, as lágrimas caem de forma descontrolada de sua face, a alma parece queimar com o pranto... E depois de todo esse momento, que parece uma eternidade, você finalmente acorda. Acorda com aqueles mesmo sonhos, aquele mesmo amor e a mesma pureza que pertence ao coração. Volta a amar os amigos, volta a parecer grande diante da multidão. Volta a se achar bonito, amado, querido e forte. Força: essa é a palavra chave.
Enquanto você estiver vivo, passará por este ciclo infinitas vezes... isso realmente prova que dentro de você bate um coração!
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- Lua (:
- Capricorniana, 19 anos, um tanto tímida porém de personalidade forte. Tem pés no chão e paradoxalmente idealiza o mundo e tem um tanto de fé nas pessoas. Adora admirar as coisas simples, e as valoriza muito mais do que as coisas "compradas". É apaixonada pela escrita e não poupa palavras para dar sua opinião. Acredita que palavras têm um poder imensurável; acredita também que pode trazer, assim, um pouco de felicidade às pessoas. Sonhos? Possui muitos, e tenta realizá-los. Dá tudo por seus amigos, luta por sonhos alheios também. Seu grande sonho profissional é cursar psicologia - profissão pela qual é apaixonada desde criança; outros sonhos seus são conhecer os amigos virtuais e viajar pelo mundo. Preza a sinceridade e a generosidade. Gosta de estudar, conhecer, ver. Se sensibiliza com histórias espontâneas, dramáticas e que possuam essência. A magia de um conto, de uma música, lhe dá arrepio. Ah, e tem uma paixão forte por retratar vidas alheias, seja como prosa, seja como poesia.
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Escrever é como uma necessidade, para mim. É um sonho particular levar alegria ou algo de bom para as pessoas. Aqui consigo expressá-los poetica ou até mesmo grosseiramente, mas tudo isso tem um propósito. O que eu desejo é que as pessoas se conscientizem das coisas e que não percam a fé umas nas outras... Tento trazer paz, tento trazer amor, além de reflexão; aqui mesmo, neste cantinho! Pode parecer inútil, mas já é uma grande coisa. Entre, fique à vontade para ler, curtir, criticar e se expressar!
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