segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A dor do fim

Amor: um sentimento inexplicável, complexo e estranho. Há quem diga que é um sentimento lindo – esse provavelmente está amando e vivendo feliz com alguém. Porém há quem diga também que é um sentimento doloroso, triste, depressivo... O que diríamos dessa declaração? Creio que concluam que este alguém sofreu por amor.
De toda forma, no início de um relacionamento só há espaço para felicidade: o casal demonstra carinho, devota atenção, ouve pacientemente o desabafo do outro, confia segredos, comete loucuras, ri de tudo. Neste momento, o amor é perfeito, os amantes são perfeitos, a vida é linda. Contudo, após um tempo as coisas podem mudar (é bem difícil não existir briga, desavença ou algo do tipo na vida de um casal), e então o que era o paraíso transforma-se num abismo; Em alguns casos, o único jeito que se encontra é o desvencilhamento total.
Os dois continuam se amando, mas não há jeito de se entenderem... É aí que entra a parte mais difícil: viver sem o outro. Sorrir sem a pessoa tão amada, se sentir leve, se sentir vivo! As lembranças perturbam, e na verdade, tudo a lembra. Ambos sentem-se rejeitados, não importa quem pôs um fim na relação; ambos fingem para o outro que estão bem, mesmo sabendo que não adianta mentir. Então os dois juram que não irão amar novamente, ou tentam desesperadamente encontrar outro colo, e tudo em vão, afinal ninguém é substituível. Ou melhor: ninguém os fará esquecer do seu amor, pois que é único, inigualável e perfeito até mesmo na imperfeição. Ficar sem aquele alguém é como estar sem você mesmo, é como estar morto, apenas existindo.
Depois que a dor da perda sara, há outra dor que perturba: a do recomeço. É a dor de saber que sua vida está seguindo sem aquele alguém do lado, é a dor de saber que sua vida perdeu a importância na vida do outro, que ele está seguindo bem sem sua companhia. É a dor de saber que aquele beijo não é mais dos dois, que aquele abraço não é mais confortante, que aquele amor não é mais seu. Que seu coração não pertence a ele, que você não pertence a ninguém.
É mais difícil porque não queremos esquecer ou seguir em frente, queremos permanecer com as lembranças, viver do passado! Insensato, porém compreensível. Acreditamos que o amor de alguém é necessário para viver, por isso sofremos, e nos perdemos em outra pessoa... Quando na verdade, nós pertencemos a nós mesmos, e podemos encontrar a felicidade sem depender de alguém. Outros amores virão, e tudo passará novamente, se quisermos, inclusive o amor

observação: Esse texto foi criado por mim, baseado na obra "A despedida do amor", de Martha Medeiros. O motivo foi uma "competição" de melhor escritor que aconteceu numa comunidade que frequento no fake; Resolvi postar aqui porque achei o texto dela interessante, e as conclusões que tirei estão no texto acima... Uma verdadeira inspiração. 

Um mundo esquecido

Sozinha. Solitária como um livro velho esquecido na estante, triste como uma criança que se perdeu dos pais; Com a sensação de que há algo perdido dentro de si, algo que a deixa vazia, como se fosse uma dor que já machucou tanto que parou de sangrar... Não por encontrar felicidade, e sim por ter deixado escorrer todo o sangue que ali havia. Era como não ter forças nem ao menos para sentir, muito menos para amar.
O céu lá fora não parecia ter cor, era apenas um negro que amedrontava, que deixava tudo a sua volta morto, frio e sem o mínimo de alegria... Era como estar em meio a um nada!
E ela permanecia naquele lugar sombrio, sem ter idéia de como voltar ao mundo “normal”, sem saber se ainda queria sair mesmo dali; aquele lugar lhe tirara tudo, e agora, de que valia voltar atrás? Todos os seus sonhos e alegrias tinham se esvaído junto com a cor daquele céu, junto com a vida daquele lugar; e só restavam os vestígios de dor... E o vazio.
As lágrimas naqueles olhos vermelhos já haviam secado, afinal não havia mais dor, mas a menina ainda contemplava o lugar como se estivesse triste; havia um lago bem próximo dali, e a água era como tudo o mais: morta, gélida, negra. A menina levantara e começara a caminhar, chegando cada vez mais perto do lago, como se quisesse cair naquele abismo.
Há muito tempo abandonaram-na ali, todas as pessoas que diziam amá-la, todas as pessoas a quem ela verdadeiramente amou... Quando ela mais precisou, ninguém estava ali para ajudá-la! E foi ali que ela começou a se perder, que ela achou que deveria ficar... Só não sabia o quão aquele lugar era doloroso e a faria sangrar das piores formas.
Aquele lugar trouxe à tona todas as lembranças que ela preferia não ter, todo o amor fingido que lhe davam, toda a felicidade perdida que ela tivera... E viu aquelas pessoas livres, sozinhas, e nem um pouco preocupadas com sua partida!
Então a menina havia ido para lá, sofrer sozinha, talvez em busca da verdadeira felicidade; mas era algo que aquele lugar jamais poderia te dar... Porque ali só havia o lado ruim de sua vida, algo que ela não conseguia superar.
A garota enfim alcançou o lago negro: seus pés tocaram a superfície gélida da água, e ela nem estremeceu, continuou firme, caminhando por entre as águas, indo cada vez mais fundo... Até que seu corpo todo estava submerso.
Dali ela podia ver todas as pessoas ao seu redor, e fogo sobre a água; aqueles a quem ela amou estavam queimando, enquanto ela estava afundando... Mas a menina sorria, mesmo sem alegria e sem emoção, ela sorria... E estava afundando cada vez mais, sem nada fazer para se salvar, ela queria afundar; Enquanto o lago a engolia, assim como o lugar fez com sua felicidade e com sua tristeza, ela sorria, e o mundo queimava.

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Lua (:
Capricorniana, 19 anos, um tanto tímida porém de personalidade forte. Tem pés no chão e paradoxalmente idealiza o mundo e tem um tanto de fé nas pessoas. Adora admirar as coisas simples, e as valoriza muito mais do que as coisas "compradas". É apaixonada pela escrita e não poupa palavras para dar sua opinião. Acredita que palavras têm um poder imensurável; acredita também que pode trazer, assim, um pouco de felicidade às pessoas. Sonhos? Possui muitos, e tenta realizá-los. Dá tudo por seus amigos, luta por sonhos alheios também. Seu grande sonho profissional é cursar psicologia - profissão pela qual é apaixonada desde criança; outros sonhos seus são conhecer os amigos virtuais e viajar pelo mundo. Preza a sinceridade e a generosidade. Gosta de estudar, conhecer, ver. Se sensibiliza com histórias espontâneas, dramáticas e que possuam essência. A magia de um conto, de uma música, lhe dá arrepio. Ah, e tem uma paixão forte por retratar vidas alheias, seja como prosa, seja como poesia.
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Escrever é como uma necessidade, para mim. É um sonho particular levar alegria ou algo de bom para as pessoas. Aqui consigo expressá-los poetica ou até mesmo grosseiramente, mas tudo isso tem um propósito. O que eu desejo é que as pessoas se conscientizem das coisas e que não percam a fé umas nas outras... Tento trazer paz, tento trazer amor, além de reflexão; aqui mesmo, neste cantinho! Pode parecer inútil, mas já é uma grande coisa. Entre, fique à vontade para ler, curtir, criticar e se expressar!

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